//Pedro Nuno Santos quer património sem uso das empresas públicas “para habitação”

Pedro Nuno Santos quer património sem uso das empresas públicas “para habitação”

“É uma vergonha termos património público sem utilização.” Este foi o recado para o Estado deixado pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, durante a cerimónia de assinatura do protocolo para construir residências universitárias em cinco estações de comboios da Grande Lisboa. O governante assinalou que é preciso dar um outro destino aos imóveis do Estado, da administração central e das empresas públicas “que estão devolutos”.

“Temos todos a obrigação, não só, de dar resposta às necessidades do nosso povo mas também de utilizar o património público. Não somos propriamente um país rico, por isso, temos de saber utilizar os recursos que nós temos. É inaceitável que tenhamos tanto património do Estado que não é utilizado para dar resposta a necessidades tão emergentes como é o acesso à habitação”, referiu Pedro Nuno Santos durante a cerimónia, que decorreu na estação de Santa Apolónia, em Lisboa.

Várias estações de comboios da IP – Infraestruturas de Portugal foram concessionadas a privados e transformadas em hostels (Rossio e São Bento), em hotéis (como será em Santa Apolónia) ou mesmo em fábricas de chocolate (Montemor-o-Novo). Só que perante a crise de acesso à habitação em Portugal, “é preciso conseguir conciliar a necessidade de rentabilizarmos o nosso parque com uma resposta que é muito importante, de acesso à habitação”.

“Não é só uma missão da IP. É uma missão de quem gere o património público”, acrescentou o ministro.

O protocolo assinado esta quinta-feira entre a IP, o ISCTE e a Universidade Nova de Lisboa prevê a construção de residências universitárias nas estações de comboios de Santa Apolónia, Pragal, Carcavelos, Portela de Sintra e Monte Abraão. O investimento privado de 30 milhões de euros vai criar mais de 1200 camas nos próximos anos.

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