//Pedro Quintela: Abreu “conseguiu antecipar em oito meses” reembolso dos vouchers

Pedro Quintela: Abreu “conseguiu antecipar em oito meses” reembolso dos vouchers

A Agência Abreu tem 181 anos. É a mais antiga do mundo, tendo atravessado todo o século XX, que contou com duas guerras mundiais, mas Pedro Quintela, diretor-geral para área de Vendas e Marketing da Abreu, não tem dúvidas que 2020 foi dos mais “desafiantes”.

Quais foram os desafios, e como lidaram, como 2020 e com os primeiros meses de 2021?

2020 foi o ano mais desafiante de sempre. A sensação que começámos a sentir nestes últimos tempos é que o pior já passou. Está na hora de olhar para a frente. Essa tem sido a nossa mensagem com as equipas. Tivemos um trabalho muito intenso desde o início da pandemia. Começou com o repatriamento. Entrámos em lockdown total, com as lojas as fechar, os consultores a começarem a fazer os processos de reembolso. Aproveitámos nessa altura para fazer algumas mudanças internas. Tivemos um momento ligeiro, tendo em conta o que era o comparativo com 2019, em que as pessoas começaram a pensar em viajar essencialmente para Portugal em que se vendeu alguma coisa.

Portugueses a comprar?

Portugueses a comprar para passar férias em Portugal essencialmente. Esses meses de junho, julho e agosto tiveram algum movimento, mas depois, em setembro, voltámos ao que era o passado; o movimento de fronteias a fechar, os cancelamentos e alguns reembolsos para fazer. Isso manteve-se até março deste ano. Começámos logo a preparar 2021 para quando fosse possível trabalhar. Para nós, havia dois aspetos importantes: queríamos conseguir antecipar os reembolsos aos clientes, que foram reembolsados em 2020 com um voucher, permitido pelo decreto-lei.

Mas tínhamos como meta conseguir o mais rapidamente possível fazer esse reembolso, antecipar até – porque seria para fazer em janeiro de 2022, segundo o decreto-lei – e nós começámos este mês [abril] a contactar milhares de clientes para reembolsar milhões de euros, ou seja, trocar esses vouchers por dinheiro. Já vamos ter os primeiros clientes a ter o dinheiro nas suas contas.

Entrámos no processo com dois princípios: um, era o cliente voltar a ter o dinheiro e poder voltar a comprar – podia fazê-lo com o voucher – e, o segundo, funcionou um pouco até como responsabilidade social; sabemos que há pessoas que compraram a sua viagem em janeiro de 2020 e que tinham uma condição financeira diferente. Conseguimos antecipar oito meses. Pensamos que, a partir de maio, já podemos ter os clientes a pensar em viajar em 2021. A partir de maio vamos ter várias coisas a acontecer; uma dela é o Mundo Abreu.

Que apostas vão fazer?

Vamos ter o Mundo Abreu nos dias 8 e 9 de maio. Este ano vai ser num modelo diferente. Em vez de termos um evento a acontecer na FIL e em várias lojas, temos mais de 100 lojas e levamos vários stands a diferentes pontos do País. O intuito é colocar o cliente a pensar: quando foi a última vez que sentiu prazer de viajar? O Mundo Abreu tem esse intuito, que é permitir ao cliente comprar de forma antecipada e assim consegue um preço melhor que do que comprando mais em cima da hora. Vamos ter diferentes destinos. Portugal sem dúvida. O Mundo Abreu tem como destino oficial a Madeira, porque além de apostarmos em termos de operação, sabemos que vai estar presente na cabeça dos clientes.