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A Pendular, empresa de gestão de compras e de contratos, pretende ajudar as companhias portuguesas a serem mais eficientes, garantindo-lhes reduções de custos da ordem dos 10 a 30%. Com uma carteira que inclui clientes do setor financeiro, da hotelaria e da consultoria, a empresa de Alcabideche espera fechar 2023 com um volume de negócios de 3,7 milhões de euros, 13% acima do ano passado e já fechou o primeiro trimestre a crescer 41%.
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Com 25 anos de experiência no mercado, e clientes como Montepio, Santander Consumer Finance, Deloitte, Accenture, Unicre ou os grupos Stay Hotels e Unlock Boutique Hotels, a Pendular atravessou já cinco grandes crises económicas, pelo menos, e admite que é nessas alturas que as empresas mais precisam dos seus serviços. Só no ano passado, a empresa transacionou 8500 artigos distintos, 98% dos quais, garante o CEO da Pendular, sofreram “pelo menos uma alteração de preço”. O aumento médio foi da ordem dos 14%.
“O surto inflacionista obrigou as empresas a rotinas de tratamento de informação que lhes era impossível assegurar, já que todos os dias recebiam alterações de preços de uma série de produtos”, diz Vítor Ribeiro Gomes, sublinhando que a contratação da Pendular permite às empresas “concentrarem-se no seu core”. E os números comprovam-no: a faturação da Pendular cresceu 44% em 2022 para 3,1 milhões de euros. A esmagadora maioria contrata soluções de compras, mas também de gestão de contratos, nomeadamente nas áreas da limpeza, gestão de frota, manutenção de edifícios, alimentação coletiva, segurança ou trabalho temporário, entre outros.
As poupanças são na ordem dos 10 a 30%, maiores no arranque da relação com o cliente. E depois de no ano passado ter conseguido reduzir substancialmente os aumentos de preços apresentados pelos fornecedores, a Pendular está agora apostada em reverter esses acréscimos. “Estamos neste momento a trabalhar e a aprimorar um indexante de mitigação de preços, vendo quanto conseguimos reduzir face à proposta de aumento que o mercado apresenta. Em 2022, conseguimos mitigar esses aumentos em 19%, este ano estamos já a conseguir acelerar a inversão”, garante o empresário.
Para os clientes, diz Vítor Ribeiro Gomes, as vantagens não se centram apenas em conseguir as compras com custos menores, mas um corte de custos transversal nos processos, com o consequente aumento da produtividade. Sempre que o cliente o desejar, e enquanto o contrato se mantiver, a Pendular pode assumir a tutela e gestão dos recursos humanos que a empresa tinha afetos à área que está a subcontratar.
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Os clientes parecem satisfeitos. A duração média dos contratos da Pendular está nos nove anos, mas há clientes, como o Montepio e o Santander Consumer, que estão com a empresa há mais de 15 anos. Todos em território nacional. E está a negociar, com um grupo francês, uma eventual parceria para Portugal. “Mais importante do que a internacionalização é conseguirmos importar know how relevante em áreas complementares às nossas. É isso que estamos a negociar com um grupo francês, que opera em mais de 40 mercados no mundo, com um conjunto de clientes que, estando em Portugal, podem vir a ser tratados pela Pendular”, refere o empresário, que pretende manter a maioria do capital na eventual joint venture que venha a ser criada.
Para já e enquanto a nova parceria não avança, a Pendular está a desenvolver uma nova plataforma digital, que ficará pronta no final do ano, e que permitirá “quase que reinventar” o seu modelo de gestão. “Temos um modelo de gestão certificada, o que estamos a fazer é rearrumá-lo entre tarefas de valor e tarefas de rotina que só tomam tempo, de modo a que possamos concentrar os recursos humanos de talento apenas nas rotinas de valor”, sublinha.
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