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A rede de pizzarias Luzzo continua a crescer apesar da covid-19, mas o diretor-geral da empresa considera importante que a restauração obtenha mais apoios por parte do Estado, numa altura em que este volta a impor medidas mais restritivas no combate à pandemia. “Uma das medidas que gostaria de ver aplicadas na restauração seria a descida do IVA em todos os escalões ou mesmo a colocação de uma taxa única”, diz Ramiro Saraiva, diretor-geral, em entrevista ao Dinheiro Vivo.
A primeira unidade da marca abriu ao público em janeiro de 2014. Hoje, é possível encontrar lojas de norte a sul do país. O responsável da Luzzo garante que a crise pandémica que o país vive atualmente não condiciona o crescimento do franchising, que emprega cerca de 200 trabalhadores e fatura oito milhões de euros. “A Luzzo entrou na pandemia com 18 lojas abertas e hoje são já 21 espaços, ou seja, três já abriram pós-confinamento”.
Nenhum dos espaços Luzzo fechou portas, por isso, Ramiro Saraiva afirma não ser necessário interromper a expansão da rede. “Claro que será mais lenta, até porque os processos de obras e licenciamentos vivem ao ritmo das notícias e das restrições. E, claro, o medo também não ajuda”.
Este negócio de pizarias assenta em dois mercados, o empresarial e o residencial, o que permitiu à rede uma certa proteção numa altura em que o mercado turístico foi talvez o mais afetado, diz o gestor.
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“Vamos manter o plano, mesmo que com alguns atrasos e alguma cautela por parte dos novos franchisados”. Ramiro Saraiva garante que, “mesmo com toda a incerteza que anda no ar, continuamos a receber pelo menos um contacto por dia de potenciais interessados em abrir uma Luzzo”.
O objetivo é continuar a aumentar o número de pizarias na rede. “Queremos ter, no primeiro semestre de 2021, 25 unidades abertas e, no final de 2021, estamos em crer que teremos entre 27 e 30 restaurantes.”
Com o agravamento da pandemia em Espanha, a expansão para Madrid, prevista para este ano, foi adiada para 2021.
Aposta no take away
Este ano atípico e fora do normal impôs algumas mudanças necessárias no setor da restauração. “Passámos a ter 100% do negócio em delivery e take away nos primeiros meses de pandemia”.
Apesar da reabertura em maio ter sido lenta, porque as pessoas mantiveram o receio de sair, Ramiro Saraiva considera que os restaurantes se encontram agora mais preparados para enfrentar novas restrições. “Conseguimos melhorar e ajustar as estruturas para as tornar ainda mais eficazes”.
A marca terá registado, na primeira vaga da pandemia, um máximo de quebra de 42%, sendo que no restaurante com melhor desempenho verificou-se uma quebra de apenas 16%. “Hoje temos lojas que já atingiram a faturação normal do pré-covid e temos inclusive um caso de sucesso de um aumento de 25% à data de hoje”, assegura o gestor.
Além desta adaptação de todas as lojas para delivery e takeaway, a rede Luzzo reforçou o investimento em comunicação, nas redes digitais, media e relações públicas. “Quisemos estar ao lado dos portugueses e mostrar-lhes que estávamos abertos e com opções para levarmos a experiência Luzzo até casa”, afirma o diretor-geral.
Os restaurantes encontram-se preparados para proporcionar, numa primeira fase, experiências em casa, através do delivery e takeaway. À medida que as restrições forem levantadas, o consumo no restaurante irá aumentar e, consequentemente, a experiência em casa transita para a experiência em loja. F.R.M.
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