“O governo tem de pensar mais na indústria dos conteúdos” que existe em Portugal, alerta Rosa Cullel, CEO da Media Capital, apelando ao executivo de António Costa que transponha rapidamente a diretiva comunitária que obriga plataformas como a Netflix e HBO (canais OTT) a ter 30% de conteúdo nacional. “Outros países europeus já fizeram a transposição da diretiva e têm visto a sua indústria de conteúdos crescer, pois estão a vender para estas plataformas”, conta.
“Temos estado a preparar a Plural para isso, para fornecer a Netflix, HBO e outras. Queremos produzir conteúdos em português de Portugal, com as equipas que temos e que já fazem conteúdos de ficção e entretenimento. Temos o know how e a Plural tem capacidade para crescer”. Mais:” Já estamos a pensar no tipo de conteúdos que eles gostariam de ter, para falar com eles durante este ano. Temos mesmo de os trazer para cá!”, remata a CEO do grupo que é também detentor da TVI e de seis rádios.
TDT. Esperar para ver
O futuro da Media Capital poderá passar também por uma aposta na TDT, mas “temos de esperar para ver o que diz a Anacom, afinal a Altice tem contrato até 2027 mas não quer transmitir o sinal, portanto resta-nos esperar”, diz a gestora. Quanto a uma futura decisão, é vital saber “a que preço e quem vai distribuir o sinal… Sempre mostrámos o nosso interesse, mas neste momento temos de aguardar”.
Falando de concursos, na conversa que a CEO da Media Capital teve hoje com jornalistas (no mesmo dia em que o grupo apresenta resultados de 2018), falou também da importância do concurso para a medição das audiências televisivas. Rosa Cullel mostrou-se preocupada com o tema e com a “desatualização” do painel que mede audiências e que foi definido há quase uma década. E alertou: “seja com a GFK seja com outro player, o novo concurso deve ter em conta que no painel têm de estar representados os novos públicos e onde eles estão”.
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