//Porta aberta às PME para se aliarem a produtores mundiais

Porta aberta às PME para se aliarem a produtores mundiais

Duas associações de parques de ciências e tecnologia, a PortusPark e a TecParques, uniram-se para desenvolver um programa, designado por Transtech, cujo objetivo é dar às Pequenas e Médias Empresas das regiões Norte, Centro e Alentejo a oportunidade de melhor se qualificarem, de forma gratuita, para ficarem na órbita dos grandes produtores das áreas com maior peso na economia mundial. Espera-se que a iniciativa envolva 930 participantes.

A ideia central do projeto é permitir às PME saber que requisitos têm de ter para responder aos desafios e tendências das grandes cadeias mundiais dos setores agroalimentar, automóvel, aeronáutica, energia/descarbonização e tecnologias de informação. Mas também está a prevista a possibilidade de envolver as grandes cadeias para que possam conhecer a realidade das PME, em particular, as de cariz tecnológico e criativo inseridas nos parques de ciência e tecnologia nacionais.

Os promotores do Transtech idealizaram um programa com várias etapas, a desenvolver até ao final de setembro de 2022, contando investir 326 mil euros ao abrigo do Compete, explica Alexandre Rios, diretor da PortusPark, principal instituição do consórcio, sediada no Porto.

O programa arrancou em outubro e, neste momento, está já em conclusão a fase de diagnóstico, um levantamento feito junto de PME dos setores mencionados, bem como empresas de referência e associações também a eles ligados. Será um universo de “centenas” de entidades convidadas a identificar os tais desafios, tendências e requisitos, num processo que decorreu através de contactos diretos e de recolha de informação por questionários.

A seleção das regiões Norte, Centro e Alentejo resultou do critério do programa de financiamento que previa a sua aplicação nas três regiões de convergência do país. Alexandre Rios esclarece que esta opção visa contribuir para “reduzir as assimetrias existentes em certos pontos dessas áreas geográficas face ao resto do país”.

É com base nos resultados do diagnóstico que o programa irá evoluir para a realização de um conjunto de workshops, cerca de uma dezena, com arranque previsto para maio, a cargo de especialistas em gestão do conhecimento, literacia financeira, processos de certificação e redes de inovação, entre outros, tanto com abordagens setoriais específicas, como transversais a vários setores.