//Portal da Queixa: “Literacia digital é a melhor arma para combater cibercrime”

Portal da Queixa: “Literacia digital é a melhor arma para combater cibercrime”

Numa altura em que se assiste em Portugal a uma onde de ataques informáticos, o Portal da Queixa apoia a tese de que o país regista uma “tendência crescente” de riscos à segurança eletrónica, dando conta de ter recebido mais de seis mil queixas relativas a burlas online, no ano passado. “Queixas dos consumidores duplicaram em 2021”, refere a organização, indicando que na raiz do problema estará a iliteracia, pelo que contrapõe: “A literacia digital é a melhor arma para combater o crime informático”.

“Se é verdade que os ataques informáticos acontecem há vários anos – com esquemas que assumem diversos modus operandi, com maior ou menor impacto, também é verdade que a cibercriminalidade associada à vertiginosa evolução tecnológica está para durar”, considera o Portal da Queixa.

De acordo com a estrutura, “os ataques informáticos aumentaram durante a pandemia” e com eles surgiram mais tentativas de fraudes online. “As denúncias de cibercrimes duplicaram em 2021, chegando às 1160, mais do dobro do que no ano anterior”, refere a organização que cita dados do Gabinete de Cibercrime da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Em 2022, em menos de dois meses, já se registaram ataques informáticos ao grupo Impresa, à Assembleia da República, à rede da Vodafone Portugal e aos laboratórios Germano de Sousa. Uma alegada intrusão no sistema do grupo Cofina, dona do Correio da Manhã e CMTV, está a ser investigada para se saber se se tratou mesmo de um ciberataque.

Para a rede social de consumidores, as notícias sobre ataques informáticos a entidades governamentais e empresas são cada vez mais. Na ótica do Portal da Queixa, a melhor arma para combater o crime informático” é a aposta na literacia digital, pois a infoexclusão é uma realidade em Portugal.

Segundo o Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (DESI) de 2021, Portugal continua abaixo da média europeia. O país ocupa o 16.º lugar entre os 27 Estados-membros da União Europeia, ainda que isso reflita uma melhoria de três lugares face ao relatório de 2020.