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A cidade do Porto poderá ficar a menos de uma hora e 15 minutos de Bragança através de um comboio de alta velocidade. A linha de Trás-os-Montes é proposta pela Associação Vale d”Ouro, que estudou um novo corredor ferroviário para o norte do país e com ligação até Madrid.
A partir da futura estação de alta velocidade do aeroporto Sá Carneiro, a linha prevê paragens em Paços de Ferreira, Amarante, Vila Real, Alijó/Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança. Os comboios de passageiros poderão circular até 250 km/h em boa parte da linha.
Com extensão de 265 quilómetros, o troço terminará em Otero de Bodas, na região de Zamora, permitindo o acesso à rede de alta velocidade espanhola na linha Madrid-Galiza. Está prevista a construção de 22 túneis e de 40 viadutos e pontes.
No plano internacional, significa também que o Porto pode ficar entre 8 ou 9 horas de Paris. Lisboa ficará a 9/10 horas da capital francesa. A ligação do Porto a Madrid encurta-se para 3 horas e Lisboa-Porto-Madrid poderá fazer-se em 4h15 horas.
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Solução inclui cargas
O projeto prevê que possam circular, no mínimo, 50 comboios por dia – 25 por sentido -, para serviço regional, intercidades, alta velocidade e de transporte de mercadorias.
Além de aproximar a população do Douro, a nova linha também quer atrair as indústrias para a região.
O Porto pode tornar-se na “porta de entrada da Fachada Atlântica na Península Ibérica, e reforçar o peso económico do Noroeste Peninsular no contexto europeu”, aponta o estudo.
De uma só vez, o novo troço pode servir o porto de Leixões, aeroporto Sá Carneiro e os terminais ferroviários de São Martinho do Campo e de Lousado (já em construção).
Os comboios de mercadorias poderão circular constantemente à velocidade máxima de 120 km/h. Ao transportarem mais carga e mais depressa, as empresas de logística poderão poluir menos na comparação com o camião e o navio, e ainda reduzirem despesas.
Operação em 20 anos
Perspetiva-se que sejam necessários 20 anos entre o estudo e a entrada em operação da linha, até 2040.
A Associação Vale d”Ouro acredita que o prazo pode ser reduzido, “com a experiência adquirida na construção da rede de autoestradas em tempos recorde, com padrões de qualidade elevadíssimos”.
Custos
Contando com contingências, o custo máximo estimado da obra é de 4,15 mil milhões de euros, mas poderá ser inferior conforme o projeto apresentado.
Se toda a linha for construída com duas vias, o custo total da obra será de 4,147 mil milhões de euros, incluindo desvio de até 25% do orçamento.
Numa versão intermédia, com via única de circulação mais túneis, pontes, viadutos e plataforma em via dupla, a obra custa 3,778 mil milhões. Para completar a obra o orçamento sobe para 4,187 mil milhões.
Na versão mais barata, com via única de circulação, túneis, pontes e viadutos mas plataforma em via dupla, a obra custa 3,438 mil milhões. Para a duplicar, a verba sobe para 4,326 mil milhões.
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