O mercado de escritórios do Grande Porto iniciou o ano a bom ritmo. Nos três primeiros meses do ano, registou-se uma ocupação de 15.297 m² na região, um valor três vezes superior à procura registada no período homólogo de 2019, revela o OnOffice, relatório publicado mensalmente pela consultora imobiliária Predibisa,
No primeiro trimestre, formalizaram-se treze transações, o mesmo número que igual período do ano anterior, mas a superfície média contratada no acumulado do trimestre passou de 347 metros quadrados para 1.117. Esta variação é justificada pela realização de três operações com áreas contratadas acima dos 3 mil metros quadrados.
O Central Business District da Boavista foi o empreendimento que mais operações garantiu no trimestre – metade das 13 realizadas e 44% da área colocada. Já a Baixa registou apenas uma transação e 2% da área colocada. A zona da Boavista mantém a liderança em termos de transações registadas e absorção de área.
A procura concentrou-se em empresas do setor das TMT’s & Utilities, celebrando quatro transações (31%), seguindo-os Serviços Empresas com 23%. No que toca a área de escritório foi o setor Serviços Empresas o responsável pela maior percentagem de ocupação (40%), seguindo-se o setor das TMT’s & Utilities com 30% e Outros Serviços com uma quota de 23%.
A principal motivação das empresas para a procura de novos espaços de escritórios no Porto deveu-se sobretudo à necessidade de expansão de área. A instalação de novas marcas na região e a mudança de instalações foram outros dos motivos apresentados pelas empresas aquando da procura de escritórios.
O arranque dinâmico do mercado de escritórios no Grande Porto no início do ano pode agora ser travado pelos efeitos da pandemia. Como diz Graça Ribeiro da Cunha, responsável da Predibisa para a área dos Escritórios, “deparamo-nos com uma incerteza para os restantes meses do ano”, mas “as multinacionais continuam com os seus projetos de expansão anteriormente decididos e a avançar com os mesmos, embora a um ritmo mais lento e cauteloso.”
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