//Porto quer receitas dos jogos sociais distribuídas de forma equitativa pelos concelhos

Porto quer receitas dos jogos sociais distribuídas de forma equitativa pelos concelhos

A Câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, com a abstenção da CDU, uma recomendação onde defende a alteração do modelo de distribuição das receitas dos jogos sociais, garantido a repartição equitativa pelos municípios, opondo-se à concentração de verbas em Lisboa.

A proposta, apresentada pela maioria municipal e discutida hoje no período antes da ordem do dia da reunião do executivo, mereceu a concordância de PS e PSD, depois de o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, ter acedido a mudar o texto da moção que defendia que o novo modelo de distribuição do valor das receitas líquidas seja equivalente ao utilizado no Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), contemplando “uma repartição equilibrada e equitativa por todos os 308 municípios do país”.

A nova versão indica que o novo modelo deve contemplar uma “repartição por todos os concelhos do país”.

O Estado, explica a maioria municipal na proposta hoje apresentada, atribuiu, “sem tempo definido e em regime de exclusividade, a exploração dos jogos sociais à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que constitui o seu principal rendimento”.

“O que nós entendemos é que devia haver uma territorialização daquilo que é o excedente relativamente ao jogo”, explicou Rui Moreira, lembrando que, no âmbito do processo de descentralização de competências, o município terá um défice anual na ordem dos sete milhões de euros.

Considerando a apresentação da proposta eleitoralista, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, criticou a ausência de uma referência à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), defendendo a criação de um grupo de trabalho que envolva, para lá da ANMP, a Santa Casa da Misericórdia e o Governo.