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As administrações portuárias do continente geraram lucros de 59 milhões de euros, em 2019, com destaque para a de Sines, com 14,9 milhões, revelou esta sexta-feira um relatório da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).
“Relativamente aos resultados económico-financeiros, as Administrações Portuárias do Continente geraram em 2019 resultados líquidos de 59 milhões de euros, com especial destaque para a APS [Administração do Porto de Sines] (14,9 milhões de euros), APL [Administração do Porto de Lisboa] (8,3 milhões de euros) e APDL [Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo] (6,3 milhões de euros), que conjuntamente representam 89% daqueles resultados”, concluiu o relatório do Ecossistema Portuário Nacional referente ao ano de 2019.
Adicionalmente, no que diz respeito aos rendimentos operacionais, as administrações portuárias geraram, no ano em análise, 227 milhões de euros, o que corresponde a uma descida de 1% face a 2018, com destaque para as rendas de concessão para movimentação de carga (31%), da tarifa de uso do porto (TUP Navio) (15%) e as tarifas de pilotagem (8%).
De acordo com a AMT, a APDL, a APL e a APS, absorvem 46% dos rendimentos operacionais totais das administrações portuárias em Portugal Continental.
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Em Portugal continental, os portos marítimos de Leixões, Sines e Lisboa são os que apresentam maior volume de carga movimentada e de escalas de navios, representando 83% da carga total movimentada e 67% das escalas de navios.
Dado o crescimento da indústria de cruzeiros no mundo e, em particular na Europa, assim como o aumento da capacidade dos navios, os portos de Leixões e de Lisboa tiveram necessidade de dar resposta ao crescimento da procura, com o segmento dos passageiros em trânsito a representar cerca de 70% do tráfego total.
Desde o início da atividade das 26 concessões analisadas, até 31 de dezembro de 2019, foram realizados 1.104 milhões de euros em investimentos, sendo 86,7% deste valor assumido pelas concessionárias e 13,3% pelas administrações portuárias.
Segundo as conclusões da AMT, os investimentos dirigiram-se, essencialmente, a equipamentos de movimentação de carga (42%) e infraestruturas portuárias (37%).
Paralelamente, as administrações realizaram, entre 2012 e 2019, investimentos num valor total de 269 milhões de euros nos seus portos, com destaque para as obras em acessibilidades marítimas e infraestruturas portuárias (62%).
As seis administrações portuárias de Portugal continental gerem nove portos comerciais com 40 terminais de carga, três cais livres e três terminais de passageiros (cruzeiros).
Destes 40 terminais, sete são concessões de uso privativo, representando 17,5% do total de carga movimentada, destacando-se o terminal petroleiro de Leixões, e outros 21 terminais são concessões de serviço público, movimentando 56,7 milhões de toneladas (70% do total nacional continental) em 2019.
Os restantes encontram-se licenciados a operadores privados, contribuindo com 30% das toneladas movimentadas nos portos nacionais (continente), destacando-se o Porto de Sines (com 57% desse valor) e o Porto de Leixões (com 23%).
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