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O grupo bancário espanhol Banco Santander anunciou esta quinta-feira que o banco português Santander Totta contribuiu com 225 milhões de euros para os seus resultados.
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Entretanto, em Lisboa, o Santander Totta anunciou esta quinta-feira que o lucro subiu 196,5% no primeiro semestre, face a igual período de 2021, para 241,3 milhões de euros.
Antes, num comunicado enviado ao regulador do mercado bolsista espanhol, a CNMV, o Santander revelou que as receitas em Portugal caíram 14,3%, para 613 milhões de euros, apesar dos empréstimos terem aumentado 2%.
O grupo bancário espanhol viu os ativos de clientes em Portugal subir 5,2%, sobretudo graças a um crescimento de 5,6% nos depósitos, que atingiram 43,77 mil milhões de euros.
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Em comparação com a primeira metade de 2021, o Santander fechou 32 sucursais em Portugal, tendo ainda despedido 1.072 trabalhadores.
A multinacional espanhola, que tem também operações no Brasil, registou lucros totais de 4,89 mil milhões de euros na primeira metade de 2022, mais 33% do que em igual período do ano passado.
O país que mais contribuiu para as contas foi novamente o Brasil, com um lucro ordinário de 1,37 milhões de euros, menos 1% do que no primeiro trimestre de 2021, devido a uma subida nos custos e um aumento das reservas.
O Santander disse ter registado uma forte atividade comercial no segundo trimestre, apesar da incerteza dos mercados.
O banco espanhol atingiu um novo recorde nos ativos de clientes, que atingiram 1,1 biliões de euros, graças a um crescimento de 4%, impulsionado sobretudo por uma subida de 5% nos depósitos.
O Santander disse que os empréstimos também aumentaram 6%, com destaque para as hipotecas, que cresceram 7%, o crédito ao consumo, que subiu 6%, e o crédito a empresas, que aumentou 4%.
Em maio, os acionistas do Santander Totta aprovaram um aumento de capital de 135 milhões de euros e a distribuição de dividendos no valor de 273 milhões de euros.
Em 2021, o banco obteve lucros de 298,2 milhões de euros, mais 0,9% face a 2020.
O Santander Totta, um dos cinco maiores bancos portugueses, é detido na totalidade pelo grupo bancário espanhol Santander.
Em 2019, a Autoridade da Concorrência condenou o Santander Totta ao pagamento de uma coima de 35,65 milhões de euros por partilha de informação sensível com mais 10 bancos portugueses.
Em abril, o Tribunal da Concorrência remeteu os recursos interpostos pelos 11 bancos para o Tribunal de Justiça da União Europeia.
[Nota: Primeira versão deste artigo da Lusa indicava que os 225 milhões de euros correspondiam ao lucro líquido da operação portuguesa. Esse valor corresponde sim à verba com que o banco contribuiu para as contas consolidadas do grupo. Por isso, a correção]
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