//Portugal é o país “fiscalmente mais generoso” para apostar em I&D, conclui estudo da Ayming

Portugal é o país “fiscalmente mais generoso” para apostar em I&D, conclui estudo da Ayming

Portugal é o país que melhores condições fiscais oferece às empresas que apostam em investigação e desenvolvimento (I&D), conclui o estudo The Benchmark da consultora Ayming, divulgado esta quarta-feira. Portugal lidera uma lista de 24 países, à frente dos Estados Unidos, Austrália ou França.

O estudo analisou, basicamente, os processos de candidatura e que vantagens há quando uma empresa faz I&D. A principal conclusão? “Portugal é o país fiscalmente mais generoso para as empresas em termos de I&D”, lê-se numa nota enviada à redação.

A conclusão surge após a comparação dos incentivos fiscais à I&D a nível internacional recorrendo às métricas “generosidade do incentivo” e “facilidade de candidatura”. Em “generosidade”, Portugal “está ao nível de países com um grande histórico de I&D” como Canadá, Singapura, Colômbia e Alemanha.

“A candidatura a um incentivo fiscal pode ser um processo complexo e demorado. Para ajudar neste processo”, assinala Nuno Tomás, diretor-geral da Ayming em Portugal. “Na nossa análise, Portugal aparece mais uma vez muito bem classificado, uma vez que é o país mais generoso, alavancados pela grande recuperação fiscal que as empresas podem obter através do SIFIDE”, afirma o gestor.

Já o grau de “facilidade de candidatura” é “mais alto em países como a França, Reino Unido, Brasil, Polónia e EUA”. Segundo Nuno Tomás, “o esquema fiscal português encontra-se a meio da tabela, algo que reforça a importância de conhecer bem a estrutura deste incentivo, de modo que as empresas consigam maximizar o aproveitamento da sua generosidade”.

De acordo com a edição de 2022 do The Benchmark, o regime de crédito fiscal português para I&D – o SIFIDE – “oferece uma taxa base de 32,5% em todos os despesas”, bem como uma taxa incremental adicional de 50% “que pode ser adicionada a todas as despesas acima da média em dois períodos fiscais anteriores”. E caso não existam quaisquer reclamações, “todas as despesas vão receber um crédito fiscal de 82,5%”.