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O Grupo Aman, que detém a portuguesa HCCM Consulting, tem um “plano de crescimento ambicioso” para o mercado nacional. A garantia é deixada pelo CEO do grupo israelita, que recentemente esteve por cá. Ben Pasternak diz que “Portugal está a tornar-se num hub tecnológico internacional” – “reconhecemos nas empresas portuguesas uma grande aptidão por novas tecnologias, aliada a uma forte abordagem no digital”, garante – e pretende reforçar a presença no mercado através de novas aquisições que estão já a ser estudadas.
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Até ao final do ano, o grupo Aman tenciona contratar 100 novos quadros em Portugal para a HCCM Consulting – a empresa de tecnologias de informação que comprou em julho de 2021, embora só recentemente tenha dado a conhecer o negócio -, elevando o número total de trabalhadores da tecnológica portuguesa para cerca de 230. A falta de mão-de-obra em Portugal não parece preocupar o gestor, para quem a oportunidade que os trabalhadores terão de “poderem trabalhar com empresas de todo o mundo” será um fator importante a ter em conta. O Grupo Aman conta com uma dezena de escritórios na Europa e nos Estados Unidos.
Com sede em Lisboa, a HCCM tem larga experiência em setores como banca, seguros, serviços públicos, energia, retalho, telecomunicações e indústria, “tanto a nível nacional como internacional”. Conta já com consultores na zona do Porto e, promete Ben Pasternak, “terá, em breve, novidades” para quem reside a Norte. E não só. “Futuramente, quando se justificar, quer na perspetiva de quem trabalha connosco quer dos clientes, pretendemos abrir escritórios em diferentes locais em Portugal”, sublinha.
Perspetivas
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Sem desvendar ainda grandes pormenores sobre o “ambicioso” plano de crescimento previsto para Portugal, o responsável explica apenas que o Grupo Aman “tem capacidade e recursos para investir no desenvolvimento” da HCCM, designadamente com novos produtos e serviços. Com a aquisição, o grupo pretendeu “alavancar a sua vasta experiência” em novos mercados, como Portugal, ou outros onde a empresa tem já clientes. Mas há ainda “outra vantagem muito importante”, diz, que é a capacidade de trazer recursos qualificados e com experiência do Brasil. “Atualmente, 20% dos colaboradores da HCCM vêm do Brasil e para atingir esta percentagem, a nossa experiência e o reconhecimento da HCCM como empresa Tech Visa facilitou, e esperamos que continue a facilitar”, refere Ben Pasternak, que não poupa elogios à “qualidade de trabalho” dos portugueses, ao seu “alto nível educacional e respeito cultural”.
A cibersegurança é uma das áreas de atuação do Grupo Aman, que promete nela continuar a investir. “Os ataques aos sistemas informáticos das empresas têm vindo a aumentar em quantidade e complexidade porque as empresas estão cada vez mais digitais. E aí, as suas fragilidades crescem exponencialmente. Muito do nosso investimento está concentrado em preparar melhor os nossos clientes, fornecendo-lhes as melhores soluções de cibersegurança e Israel é conhecido pelas suas capacidades nesta área”, sublinha o CEO.
Ben Pasternak não tem dúvidas que a digitalização veio para ficar e que vai continuar a desenvolver-se, considerando que as empresas e os seus colaboradores “têm de estar cada vez mais sensíveis a esta questão”. O Grupo Aman quer, não só “trazer as melhores práticas em cibersegurança para a HCCM”, como promete “investir numa nova área no mercado português, no segundo semestre deste ano, com soluções inovadoras na abordagem a esta questão da segurança”.
Presente em nove países – Isarel, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Rússia, Polónia, Sèrvia, Cazaquistão e Portugal -, o Grupo Aman conta com 2.500 trabalhadores em todo o mundo e fatura 220 milhões de euros. Este ano espera chegar aos 300 milhões e para 2023 o objetivo é crescer 20%, por via orgânica e novas aquisições. Já a HCCM, fundada em 1995, faturou, em 2021, cinco milhões de euros. Este ano espera um acréscimo de 30% e chegar aos 6,5 milhões, apontando para um crescimento de 20% em 2023.
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