//Portugal volta a descer no ranking dos países onde o talento é mais competitivo

Portugal volta a descer no ranking dos países onde o talento é mais competitivo

É o pior resultado desde 2016. Portugal desceu do 23º lugar para 26º lugar, entre 63 países, no ranking de talento mundial da IMD World Competitiveness Center, que afere os países onde o talento é mais competitivo.

“Desde 2018 – ano em que alcançou o melhor resultado, com o 17º lugar – Portugal tem vindo a perder posições no que respeita ao seu talento. Apesar da descida mais acentuada ter ocorrido de 2018 para 2019, onde regrediu para o 23º lugar, este ano o país voltou a mostrar estar a perder competitividade”, indica o comunicado.

A descida mais notória foi no indicador “Investimento e Desenvolvimento”, onde Portugal caiu nove posições, passando do 13º para o 22º lugar, sobretudo devido à baixa pontuação em Formação de Colaboradores.

Este ranking mostra ainda que Portugal conta com um nível da força de trabalho do sexo feminino (49,3%) elevado face à sua força laboral total. Ainda assim, e apesar de também ter descido no indicador de “Atratividade” – do 32º para o 33º lugar – “muito devido à baixa classificação nos critérios de “justiça”, “motivação dos colaboradores” e “saída de pessoas com boa formação e qualificação” (brain drain), Portugal subiu três posições no indicador de “Preparação””.

Algo que se deve à boa pontuação do País tanto na área de “Management Education” como de “Competências Linguísticas”, “o que demonstra que a população ativa portuguesa tem cada vez mais as competências necessárias para corresponder adequadamente às necessidades e exigências atuais das empresas”.

Ramon O”Callaghan, Dean da Porto Business School (que colabora com este estudo), nota em comunicado “de acordo com os resultados deste último ranking, é possível comprovar que há, de facto, uma lacuna entre a aposta na educação e qualificação das nossas pessoas e o investimento das empresas para reforçar a formação e promover o desenvolvimento dos seus quadros”.