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A Portway lamentou este domingo, 28, os “enormes prejuízos para passageiros, companhias aéreas e para a Portway” que a greve de três dias convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) provocou. A empresa de handling assegura, em comunicado, que “sai desta situação com uma posição comercial e económica mais fragilizada”.
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“Se para alguns, os cancelamentos de voos e constrangimentos são uma vitória, para a Portway é de lamentar todos os incómodos e prejuízos que esta greve sem sentido causou”, disse. A empresa reitera que o protesto foi “irresponsável” e realizado “sem razão” e que prejudica a recuperação fincanceira da empresa e, consequentemente, “a capacidade de traduzir essa recuperação em melhores condições para os trabalhadores”.
“Esta greve deixa todos numa situação pior, numa altura em que todos devíamos estar focados em contribuir para o desenvolvimento económico e social do país”, adianta.
Num balanço da paralisação, que começou na sexta-feira e termina este domingo, a Portway diz terem sido cancelados um total de 196 voos no Porto e em Lisboa e contou com uma adesão de 14%. Hoje, a empresa detida pela Vinci aponta para 33 cancelamentos em Lisboa e 36 no Porto.
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Por outro lado, o Sintac referiu, esta manhã, serem esperados 82 voos cancelados de e para Lisboa e 12 no Porto.
Já os números disponíveis no site da ANA Aeroportos dão conta de 78 cancelamentos em Lisboa só este domingo não existindo qualquer registo de cancelamentos no Porto, na página online da gestora.
No total, e ainda de acordo com os dados disponibilizados no site da ANA nestes três dias, contabilizam-se 232 voos cancelados em Lisboa e no Porto. Faro e Madeira não registaram perturbações, além de atrasos.
Trabalhadores pedem melhores condições laborais
Ainda no âmbito da greve, o Sintac denunciou também ontem a falta de investimento da Portway nas infraestruturas que oferece aos seus trabalhadores, após a divulgação imagens das instalações “precárias” no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, nomeadamente nos balneários destinados aos funcionários desta empresa. A denúncia surgiu em resposta às declarações da administração da empresa no dia anterior, que garantiu aos jornalistas investir milhões de euros por ano nas infraestruturas dos colaboradores.
Os trabalhadores da empresa de handling reivindicam aumentos salariais, o cumprimento do acordo de empresa (AE) e o pagamento de feriados na totalidade.
Já a empresa detida pela Vinci diz que as acusações são falsas e garante cumprir “com toda a legislação e regulamentação aplicáveis, incluindo os AE” e assegura terem sido realizadas atualizações remuneratórias “desde o exercício de 2019 até à presente data que representam um aumento de 11% nas remunerações dos trabalhadores”.
Sobre os feriados, a Portway atesta serem cumpridas “todas as regras” com o pagamento destes dias a ser realizado “com um acréscimo de 150% face ao valor/hora”.
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