//Preços da hotelaria nacional sobem 7% até outubro

Preços da hotelaria nacional sobem 7% até outubro

A hotelaria portuguesa registou, até outubro, um aumento no preço médio por quarto disponível (RevPar) e ocupado (ARR), de 5% e 7%, respetivamente, e as maior taxa de ocupação em Lisboa (83%), revelou a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Dados de um inquérito da AHP, hoje apresentados, revelam que 75% obtiveram um ARR acima de 2017. Lisboa foi o destino turístico mais caro, tendo o preço médio por quarto ocupado chegado aos 117 euros por noite, ficando acima da média nacional (97 euros).

Já o RevPar, que se fixou em 71 euros, teve um aumento de 5%, registando a maior subida em Lisboa (97 euros).

Quanto à taxa de ocupação, os hoteleiros ouvidos pela AHP não traçam um cenário tão positivo: apenas 43% considera que foi melhor do que a do ano passado, com destaque para o Centro (54%). Para 36% dos inquiridos foi pior, sobretudo na Madeira (63%) e Algarve (52%).

Segundo a AHP, a taxa de ocupação desceu para 73% (-1,3 p.p.). Embora o peso dos turistas nacionais tenha subido ligeiramente em comparação com o ano passado, para 38%, os hóspedes estrangeiros continuam a pesar 62%. Nas dormidas, os não residentes valem 72%, enquanto os residentes contribuíram apenas com 28%.

Por mercados, o pódio coube Reino Unido, Alemanha e Espanha, embora sejam cada vez mais os hóspedes oriundos de França, Brasil, Estados Unidos da América e Itália.

Ainda nos primeiros dez meses deste ano, 72% indicam que a estada média foi idêntica a 2017; 43% tiveram uma estada média entre as duas e as três noites. Ainda assim, para 19% foi melhor. “Não há grandes diferenças”, comentou a presidente executiva da AHP, assinalando “uma grande estagnação” neste indicador.

setembro foi o melhor mês do verão
Numa análise aos meses de verão (julho a setembro), a AHP conclui que a taxa de ocupação por quarto desceu 2,2 p.p., totalizando 84%. Já o ARR (+7%) e o RevPar (+4%) mantiveram-se em crescendo, para 115 euros e 97 euros, respetivamente. “setembro foi melhor do que agosto e muito melhor do que julho”, comenta Cristina Siza Vieira, sobre os dados, sublinhando que “o aquecimento global também chega à hotelaria”, sublinha. Contas feitas, realça que o nono mês do ano “destronou” agosto para 27% dos inquiridos, à semelhança do que já havia acontecido em 2017. Nota ainda um decréscimo de 0,5% na estadia média, que caiu para 2,03 noites.

Portugal mantém-se como o principal mercado no Norte, Centro, Alentejo e Açores e passa a primeiro no Algarve. Espanha mantém-se como segundo mercado no Centro e Alentejo e passa a terceiro no Norte.

Cerca de 40% dos inquiridos destacam a performance do Reino Unido como a “pior”. Em terreno positivo apontam a melhoria dos mercados americano (58%), nacional (55%) e espanhol (50%).

A AHP representa 65% da capacidade hoteleira nacional, com cerca de 700 associados. Este inquérito – “Hotelaria – Balanço 2018 e Perspetivas 2019” – foi realizado entre 20 de novembro e 11 de dezembro junto de uma amostra de 40% dos empreendimentos turísticos associados. Das respostas obtidas, 74% pertencem a hotéis, 8% a hotéis apartamentos, 10% a pousadas, 2% a aldeamentos turísticos, 2% a turismo no espaço rural e 3% a alojamento local.

*Notícia atualizada com mais informação às 21:30.

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