//Preços das casas disparam 19% por falta de oferta

Preços das casas disparam 19% por falta de oferta

O ano de 2021 foi histórico para o mercado imobiliário: Venderam-se quase 200 mil casas e o volume de transações atingiu os 30 mil milhões de euros, valores recorde para o setor. E se já é sabido que os preços das casas continuaram a escalar apesar dos efeitos da pandemia na economia, uma análise da Century 21 vem revelar que o valor médio de venda de apartamentos nas principais cidades do país disparou 19% quando comparado com 2019. A principal razão prende-se com a elevada procura e a escassez de oferta.

“Na maioria das cidades da Área Metropolitana de Lisboa, Área Metropolitana do Porto, Algarve e nas principais capitais de distrito, o valor médio de venda dos apartamentos [a solução de habitação mais procurada pelos portugueses] em 2021 já superou em cerca de 19% a média registada em 2019, ou seja, em contexto de pré pandemia”, avança a Century 21 Portugal em comunicado enviado às redações.

Para Ricardo Sousa, CEO da rede de mediação imobiliária, esta escalada dos preços justifica-se “pelo elevado nível de procura e pela escassez de oferta de imóveis residenciais, nos segmentos médio e médio baixo”. O responsável alerta inclusive para “os atrasos na evolução e na entrega dos projetos de obra nova” para estes consumidores que estão “a condicionar o tão desejado equilíbrio de mercado entre a oferta e a procura”.

Negócio em alta

A forte procura de casas que se regista no mercado impulsionou o número recorde de transações registado em 2021, para o qual também contribuiu a disponibilidade da banca em conceder crédito à habitação e a retoma da mobilidade internacional, que se fez particularmente sentir no segundo semestre do ano passado.

Neste contexto, a Century 21, em partilha com outros operadores (um agente imobiliário representa o proprietário e outro, de outra empresa, representa o comprador), mediou em 2021 um volume de negócios da ordem dos 2,7 mil milhões de euros, um incremento de 41% face a 2020.