O presidente da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira (CINM) acusa a ex-deputada do PS no Parlamento Europeu Ana Gomes de mentir acerca do Centro Internacional de Negócios, gerador de 130 milhões de euros anuais de receita fiscal para a região.
Paulo Prada diz que foi Ana Gomes que “esgravatou, esgravatou” até conseguir que a Comissão Europeia abrisse uma investigação sobre o regime de auxílios de Estado que Portugal adotou a favor das sociedades com sede na Zona Franca da Madeira (isenções fiscais).
“Quem originou este assunto foi a ex-deputada Ana Gomes”, disse à agência Lusa, citando uma carta que a socialista escreveu aos comissários europeus Pierre Moscovici (Assuntos Económicos e Financeiros), Margrethe Vestager (Concorrência) e Vera Jourová (Justiça, Consumidores e Igualdade de Género), com conhecimento do primeiro-ministro, António Costa, do ministro da Finanças, Mário Centeno, e do secretário de Estado para os Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes.
Segundo Paulo Prada, eleito há três meses e meio, a carta tem dois pontos que “são duas mentiras completas”.
“Se ela não tentar desmentir ou não apresentar uma queixa no Ministério Público e se da queixa não for deduzida uma acusação e um acusado, mais se provará que ela mentiu”, disse.
Ana Gomes, sublinhou o responsável, diz que “uma petrolífera italiana, sem qualquer atividade na Madeira, é a entidade que mais benefícios fiscais obteve”.
“Esta empresa está na Madeira desde 1994 e no CINM há 25 anos, tem instalações na Zona Franca Industrial, onde já investiu três milhões de euros, emprega cento e poucos trabalhadores – 98% dos quais são portugueses, altamente bem remunerados – que fazem toda a gestão das frotas, do pessoal e da manutenção dos petroleiros e das plataformas petrolíferas, tem um navio registado no Registo Internacional de Navios”, declarou.
Paulo Prada referiu que se a ex-eurodeputada deveria ir aos estaleiros da Lisnave, em Setúbal, perguntar quem é o maior cliente português do estaleiro: “Vão responder que é esta empresa, a tal que não existe e que nos últimos anos deixou lá 20 milhões de euros em reparações”.
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