//Primeira campanha da UE que promove carne devolveu coelho ao menu

Primeira campanha da UE que promove carne devolveu coelho ao menu

Um ano após o arranque da campanha europeia de promoção ao consumo de carne de coelho, a ASPOC – Associação Portuguesa de Cunicultura faz um balanço positivo da iniciativa.

Meio quilo por ano. É esta a média de consumo de carne de coelho por pessoa na União Europeia, uma realidade que Bruxelas quer ver alterada para valores superiores, até pelas vantagens deste alimento numa alimentação equilibrada. Para isso, lançou uma campanha há um ano, para inverter a tendência de queda no consumo de carne de coelho (menos 16% numa década, segundo a Associação Portuguesa de Cunicultura). Foi a primeira vez que o consumo de uma carne foi apoiado por Bruxelas. “Já se apoiou o azeite, os vegetais e as frutas, mas é a primeira vez que se lança uma campanha destas, por se tratar de uma carne branca que tem excelentes propriedades nutricionais”, vincou Firmino Sousa, presidente da associação.

E a iniciativa já começa a dar frutos. Se este tipo de alimento foi sendo afastado da dieta mediterrânica — por fatores identificados com tendências como o aumento da ideia do coelho como animal de estimação, a expectativa de preço alto e a concorrência com outras carnes –, nos últimos tempos verificou-se já uma inversão.

Imagem da campanha

Imagem da campanha

“As sessões de esclarecimento e as ações de formação que a ASPOC levou a cabo junto dos estabelecimentos de ensino profissional ligados à cozinha e à gastronomia, bem como as campanhas de comunicação veiculadas através da televisão, rádio, imprensa, cinema e meios online, permitiram reposicionar o produto, conferindo-lhe um estatuto mais moderno, que evidenciou a sua versatilidade em termos de corte, apresentação e formas de confeção”, explica a associação. E junta números aos argumentos: “de acordo com os dados do INE e SIMA/GPP, verificou-se uma subida do preço médio (+4,21%) e o aumento do número de abates (+7,6% em número de animais e +8,3% em toneladas de carne limpa), invertendo a tendência de queda acentuada que se vinha a registar nos últimos anos”.

11 PERNAS IOGURTE

Os números de Bruxelas apontam para cerca de 180 milhões de coelhos criados para produção de carne destinada ao consumo humano alimentar, sobretudo em Espanha, França, Itália e Portugal, a maioria em explorações comerciais (só 34% são criados, vendidos e utilizados em pequenas explorações).

A campanha europeia que tem a assinatura Carne de Coelho – Como a vai cozinhar hoje?, e que vai manter-se até meados de 2020, alerta para as vantagens da carne de coelho numa dieta alimentar equilibrada: “é uma carne magra, de fácil digestão, com uma importante presença de minerais (como potássio e fósforo) e vitaminas do complexo B, sendo também uma fonte de proteínas de alto valor biológico.”

Leia aqui o apelo de Bruxelas ao consumo de carne de coelho

De resto, a associação de cunicultura considera que “esta campanha europeia tem sido uma experiência positiva para todos”. “Os produtores sentiram-se mobilizados para diversificarem e modernizarem as formas de corte e de apresentação do produto, os consumidores foram elucidados sobre as vantagens dietéticas e a facilidade de confeção desta carne branca e ainda foi possível incrementar as trocas intracomunitárias, o que era também um dos objetivos desta iniciativa.”

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