//Primeiro posto de hidrogénio serve sobretudo autocarros

Primeiro posto de hidrogénio serve sobretudo autocarros

É no concelho de Cascais que desde meados deste mês está disponível o primeiro posto de abastecimento de hidrogénio em Portugal. Fabricada pela empresa nacional PRF, a unidade serve sobretudo para os dois autocarros movidos a esta energia e que foram fabricados pela CaetanoBus. Mas para um carro ligeiro passar por lá é bem mais difícil.
“Este é um posto dedicado à Cascais Próxima [empresa de mobilidade municipal].

Admitimos que, caso haja interessados em abastecer os seus veículos, a empresa o permitirá”, refere, por escrito, ao Dinheiro Vivo, o responsável de negócio da PRF, Manuel Fonseca. Nesse caso, o abastecimento será gratuito porque o posto não conta com uma solução para pagamento.

A primeira estação de hidrogénio abastece os veículos, para já, a metade da pressão habitual, com 350 bar. Os primeiros utilizadores são os dois autocarros que a Câmara de Cascais comprou à portuguesa CaetanoBus e que têm autonomia de 400 quilómetros com um só abastecimento, graças às células de combustível e às baterias instaladas no tejadilho. No futuro, será possível abastecer os veículos a 700 bar.

Nos bastidores

Designado de Drhyve, o primeiro posto da PRF é móvel. Pode ser instalado em qualquer lado mas não conta com uma unidade própria de produção de hidrogénio. A situação será resolvida quando for instalada a segunda estação, que será totalmente autónoma. Quando isso acontecer, a estação móvel poderá ser utilizada em regiões que “queiram testar veículos” com este combustível.

Ao Dinheiro Vivo, a empresa destaca que está a “trabalhar em diversos projetos para postos de abastecimento em Portugal, em diversas localizações e para diversas entidades. Acreditamos que brevemente outros postos serão instalados em Portugal”.

Além dos postos de abastecimento, a PRF está a desenvolver vários projetos ligados ao hidrogénio. No Seixal, por exemplo, dentro de alguns meses, vai produzir hidrogénio verde a partir de painéis solares. O hidrogénio será posteriormente injetado numa rede de distribuição de gás natural. A ideia passa por “testar o comportamento dos equipamentos domésticos e industriais ao utilizar a mistura de gás natural e hidrogénio”.