//Prisa “vai prosseguir com todas as medidas e ações contra a Cofina”

Prisa “vai prosseguir com todas as medidas e ações contra a Cofina”

A Prisa já reagiu ao pedido da Cofina de renegociar os termos do contrato de compra e venda da Media Capital, depois de o grupo dono da CMTV ter considerado que o falhado aumento de capital de 85 milhões não constitui uma quebra do acordo. Para o grupo de media espanhol não há dúvidas: a Cofina quebrou o contrato e a companhia “vai prosseguir com todas as medidas e ações contra a Cofina na defesa dos seus interesses”. O contrato tinha uma caução de 10 milhões de euros.

O grupo dono da TVI considera que “a Cofina quebrou o contrato de compra e venda” relacionado com a venda de 94,69% detido pela Prisa, através da Vértix, do grupo Media Capital, dado “os termos comunicados pela Cofina a 10 de março depois da sua dispensa voluntária de continuar com o aumento de capital aprovado pelos seus acionistas a 29 de janeiro de 2020”, começa por referir a Prisa em comunicado enviado esta segunda-feira ao mercado.

“A companhia (Prisa) já iniciou e irá prosseguir com todas as medidas e ações contra a Cofina na defesa dos seus interesses, dos seus acionistas e de muitos outros afetados pela situação criada pela Cofina”, garante.

O grupo dono do Correio da Manhã considera que o contrato firmado com a Prisa para a compra de 100% da Vertix, que controla o grupo Media Capital, celebrado a 20 de setembro, “não caducou por efeito insucesso do aumento de capital da Cofina, cujo prospeto foi objeto de divulgação no passado dia 17 de fevereiro, razão pela qual não são devidos os 10 milhões de euros”.

E a 12 de março o grupo liderado por Paulo Fernandes enviou à Prisa “uma notificação de resolução do Contrato (na base de fundamentos que oportunamente serão objeto de divulgação pública), condicionada a que, no prazo de sete dias, a Cofina e a Prisa não venham a acordar numa modificação do Contrato de forma a restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme com os princípios da boa-fé”.

Argumentos que não colhem junto da Prisa. “A companhia rejeita os termos nos quais a Cofina pretende agora a resolução do contrato de compra e venda, no qual refere na sua comunicação pública datada de 13 de março”.

“Mais, a companhia afirma que não é apropriado, como a Cofina parece dar a entender na comunicação já referida, fazer uma modificação do contrato de modo a restaurar o equilíbrio dos benefícios recíprocos de acordo com princípios de boa-fé, dado que existe uma quebra do tal acordo pela Cofina”.

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