//Privados sem intenção de dar folgas antes dos feriados de dezembro

Privados sem intenção de dar folgas antes dos feriados de dezembro

António Costa pediu ao setor privado que desse tolerância de ponto aos trabalhadores nas vésperas dos próximos feriados, à semelhança daquilo que é feito na administração pública. Mas, de acordo com o Eco, a maior parte das empresas do privado não está interessada nesse cenário.

O objetivo do executivo é o de garantir pelo menos dois períodos de quatro dias de pausa, em que os portugueses ficassem em casa, com menos movimentações. Ao Eco, várias empresas, como a Gelpeixe, o dstgroup ou a ASM Group, referem que não podem ficar paradas, temendo que os dias de paragem representem reduções na faturação.

Já esta segunda-feira, em declarações ao Jornal de Notícias, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), afirmou que “numa situação de quebra dramática dos rendimentos, o país não pode dar-se ao luxo de perder tantos dias de produção, não existingo qualquer base científica que justifique o encerramento generalizado das empresas”.

Também a AEP – Associação Empresarial de Portugal afirma em comunicado que “as novas medidas de confinamento, comunicadas aos portugueses este sábado, deveriam centrar-se no indispensável equilíbrio entre as preocupações de saúde pública e o desejável funcionamento da economia e o consequente impacto social.”

“Estamos perante um combate com impactos cada vez mais assimétricos, nitidamente em desfavor da atividade empresarial privada, a quem tudo tem sido exigido, que ficou agora com o ónus de dispensar os seus trabalhadores nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, entre outras exigências e restrições”, indica a AEP.