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Depois de alguns sinais de abrandamento na tecnologia de consumo no início do ano, a procura por relógios e auscultadores inteligentes disparou 39% no segundo trimestre, com a Apple a liderar a categoria. Os bons resultados enquadram-se num movimento positivo das vendas globais de wearables, que atingiram 114,2 milhões de unidades no período, uma subida de 32,2%.
Os dados, revelados pela consultora IDC, indicam uma procura crescente por relógios e auscultadores inteligentes, à medida que mais consumidores procuram mais atividades ao ar livre e exercício físico.
“Tanto as categorias de relógios como de “hearables” registaram uma subida acentuada da adoção devido a novos modelos e aos descontos nos modelos antigos”, explica o analista Jitesh Ubrani. “Os relógios com prelos entre os 200 e 300 dólares ganharam 10 pontos percentuais no último ano, graças a dispositivos como o Watch SE, Series 3, Versa 3 e o Galaxy Watch Active 2.” Já nos auscultadores, a tendência de crescimento deve-se em grande parte ao sucesso de marcas como a Xiaomi, BoAt, Huawei, JBL e JLAB, que colocaram funcionalidades premium em modelos mais acessíveis.
Havendo uma grande variedade de dispositivos e preços dentro das mesmas marcas, estes produtos estão cada vez mais populares. “Ao longo do tempo, funcionalidades antes reservadas para os modelos de alta gama irão ser disponibilizadas aos dispositivos de massas e de média gama”, nota o diretor de pesquisa da equipa de Wearables da IDC, Ramon Llamas. “Isto irá levar as pessoas a fazerem upgrades ou a comprarem os seus primeiros modelos, colocando os wearables – tanto relógios como “hearables” – numa escalada consistente de crescimento e upgrades.”
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O que se manteve relativamente estagnado foi a procura por pulseiras de atividade, já que muitos consumidores decidiram transitar para relógios inteligentes com características similares. Também não houve lançamentos de monta na categoria das pulseiras, que anteriormente era responsável pelos grandes volumes movidos neste mercado.
As marcas que lideram
A Apple é líder destacada deste mercado há algum tempo e manteve a posição, subindo as vendas em 9,3% para 32,2 milhões de unidades.
Ainda assim, dada a solidez da sua posição, a marca da maçã foi a que menos cresceu.
A Xiaomi, que está em segundo lugar, subiu 37,8% para 14 milhões de unidades vendidas, ou 12,3% de quota, sobretudo porque fez um grande progresso nos auscultadores. Foi a primeira vez que a empresa chinesa vendeu mais “hearables” que pulseiras.
Já a Huawei cresceu 38,5% para 11,7 milhões, ou 10,2% de quota, mas com mais de três quartos das vendas limitadas ao mercado chinês.
No caso da Samsung, que tem dos poucos produtos premium que não são Apple, o desempenho melhorou com vendas em alta de 37,4%, o que lhe permitiu assegurar 8,5% do mercado.
O top 5 fecha com a Imagine Marketing, que disparou 478% ao vender 4,6 milhões de unidades. Responsável por uma marca que se tornou muito popular, BoAt, passou de 0,9% para 4,1% de quota. No entanto, está apenas presente no mercado indiano.
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