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Após desenvolver quatro projetos residenciais de luxo em Lisboa, a suíça Solid Sentinel decidiu atravessar o rio Tejo com a ambição de criar um “novo Barreiro”. A promotora imobiliária vai investir 130 milhões de euros num projeto de nove edifícios, com 518 apartamentos, que inclui todas as comodidades exigidas atualmente pelos investidores. Varandas, terraços, áreas comuns com piscina e pista de jogging panorâmica, eficiência energética, postos de carregamento para veículos elétricos, qualidade de materiais e arquitetura, entre outras características. Alain Gross, CEO da empresa, quer afirmar o Nooba (designação do novo empreendimento) como a “génese de uma revolução”, que irá transformar o Barreiro, outrora vila piscatória e, mais tarde, industrial e operária, numa nova referência para quem queira viver na periferia, mas a dois passos do centro de Lisboa.
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O projeto está pensado para receber cerca de 1500 habitantes e não será o único que a promotora vai desenvolver no lado sul do Tejo. Como adianta, “decidimos concentrar a nossa atenção no que consideramos serem áreas limítrofes subvalorizadas, mas com elevado potencial, como é o caso da Margem Sul”. O gestor sublinha que o Barreiro reúne todas as condições para um estilo de vida saudável: a tranquilidade de uma pequena urbe que dispõe de todos os serviços essenciais, infraestruturas verdes, proximidade ao mar e ligações contínuas de ferry à capital. É “uma solução para um estilo de vida mais sustentável, não só do ponto de vista ambiental, mas também social e familiar”, que permite “momentos de prazer e evasão”. E a todos estes atributos, Alain Gross soma o preço das habitações, que garante ser 40 a 50% mais barato que no centro de Lisboa.
O vice-presidente da Câmara do Barreiro, Rui Braga, não tem dúvidas que este investimento é “um ponto de viragem na oferta de habitação” da cidade, que irá contribuir “para mudar o preconceito” que ainda recai sobre este território. É que “escolher o Barreiro para viver é uma escolha inteligente”, sublinha o autarca, lembrando que a cidade tem melhorado todos os anos as suas infraestruturas e está a investir para assegurar resposta ao incremento da população. Como frisa, a cidade está já estruturada para uma população de 90 mil habitantes, quando atualmente ronda as 80 mil, e a oferta escolar tem capacidade para responder aos incrementos populacionais que se avizinham.
Rui Braga lembra ainda que o programa para os próximos quatro anos integra a construção de um novo centro de saúde, de uma piscina municipal e um teatro, a abertura de outra esquadra da PSP, melhoramentos nas vias de circulação e avenidas principais, e o início da renovação da zona histórica. Investimentos que a somar à aposta da Solid Sentinel podem trazer ao Barreiro outros projetos habitacionais. “O Nooba faz despertar o interesse de outros promotores para escolher a cidade para investir. Estou certo que o Barreiro vai dar que falar nos próximos tempos”, diz.
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65% dos residentes serão nacionais
O Nooba, que ocupará uma área superior a 98 mil metros quadrados na frente ribeirinha da cidade, vai ser desenvolvido em seis fases e ao longo de seis a oito anos. Para já, está prestes a arrancar a construção dos dois primeiros edifícios, num total de 127 apartamentos, e que já têm data de entrega agendada para 2024. De acordo com Alain Gross, as tipologias vão do T1 ao T5, com áreas entre os 60 e os 247 metros quadrados, sendo que os preços começam nos 189 mil euros. O empreendimento terá também a sua estrela: uma casa com cinco quartos, que conta com um terraço de 280 metros quadrados e piscina privativa. Para comprar esta joia da coroa são necessários 1,29 milhões de euros.
Para o CEO da Solid Sentinel, os preços da habitação no Nooba estão muito competitivos, até porque praticamente todas as cidades na periferia de Lisboa têm vindo a registar um incremento no custo do metro quadrado e, apesar de serem uma opção ao centro da cidade, já começam a exibir valores elevados, sublinha. A título de exemplo, destaca que em março deste ano o preço do metro quadrado em Algés estava no máximo histórico de 3193 euros e em Oeiras atingiu os 3610 euros. “No nosso caso, os preços do Nooba, comparativamente com o centro de Lisboa, representam uma baixa de 40% a 50%”, assegura.
O novo projeto residencial foi pensado para barreirenses e lisboetas, em particular famílias com crianças e/ou jovens casais em início de vida, mas também para estrangeiros que querem um local com qualidade de vida, próximo ao centro da cidade, com a tranquilidade de viver numa zona limítrofe. Nas contas do gestor, 65% dos futuros habitantes serão portugueses e 35% estrangeiros.
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