Qualquer pessoa pode ganhar dinheiro a ajudar a plataforma portuguesa DefinedCrowd. Foi apresentada esta terça-feira a aplicação móvel Neevo, em que os utilizadores podem ajudar a startup fundada por Daniela Braga a fazer o tratamento de dados de alta qualidade para treinar, de forma rápida e escalável, modelos de inteligência artificial e machine learning. O anúncio foi feito esta terça-feira durante a conferência tecnológica Collision, em Toronto, no Canadá.
Os utilizadores podem ajudar a plataforma portuguesa através da realização de tarefas, como a gravação de ficheiros áudio, o reconhecimento de ficheiros de som e a confirmação de textos e imagens. Quem ajudar a DefinedCrowd irá receber o pagamento através de uma conta PayPal depois de completarem a tarefa. O montante pago por tarefa conforme o país de origem dos utilizadores.
A aplicação móvel Neevo está disponível nos sistemas operativos iOS e Android, o que permite aos utilizadores ajudarem a DefinedCrowd a qualquer momento. Até agora, esta solução apenas estava disponível através do browser.
“Com a procura por dados de treino de alta qualidade a aumentar, é crucial garantirmos que a nossa comunidade de interação tem acesso eficiente e rápido às tarefas essenciais para a inteligência artificial,” refere a diretora de produto da DefinedCrowd, Sara Oliveira. Esta responsável acrescenta em nota de imprensa que “o lançamento da aplicação Neevo é um marco muito importante para nós, uma vez que providencia uma experiência mobile dedicada para potenciar a inteligência humana nos nossos conjuntos de dados”.
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Os dados recolhidos serão cruciais para o desenvolvimento de tecnologias como os assistentes virtuais, carros autónomos, videojogos, deteção de fraude, diagnósticos médicos e casas inteligentes. A plataforma portuguesa conta com clientes BMW, Mastercard, Sony, Accenture, EDP e José de Mello Saúde.
Fundada em 2015, a DefinedCrowd conta atualmente com uma comunidade de mais de 130 mil membros espalhados por mais de 50 países. Tem escritórios em Lisboa, Porto, Seattle e Tóquio, onde dá emprego a mais de 110 pessoas. Tem um financiamento acumulado de 12,9 milhões de dólares (11,6 milhões de euros), segundo a base de dados Crunchbase.
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