//Raquetes da Volt Padel chegam a mais de 40 mercados

Raquetes da Volt Padel chegam a mais de 40 mercados

A Volt Padel, especializada na conceção de materiais e equipamentos para a prática de padel, está a exportar para mais de 40 mercados. A modalidade desportiva, que surgiu quase por acaso em 1962, no México, está a registar um elevado crescimento em Portugal e no mundo. E a jovem empresa do Porto está a acompanhar o ritmo, tendo registado no ano passado um crescimento de 300% no volume de negócios. Como realça Pedro Brito e Cunha, CEO e fundador da Volt Padel, “registámos cerca de 700 mil euros em 2021, sendo que, em comparação com o ano anterior, significa que multiplicámos três vezes a nossa faturação”. A exportação valeu 83% das vendas.

Até agora, a Volt Padel estava centrada na comercialização de seis modelos de raquete, concebidos e desenhados pela equipa da empresa. A coleção, trabalhada para o patamar premium, sob o conceito “menos é mais”, focou-se na qualidade, design e performance desportiva, e a sua “voltagem” (características de cada raquete) conquistou já mais de 40 mercados. Desde o primeiro dia que a empresa, criada em 2016, definiu como objetivo ir além de Portugal por razões de escala, dimensão, notoriedade e credibilidade, sublinha Pedro Brito e Cunha.

Depois de terem garantido vendas para Espanha – onde esta modalidade é um fenómeno -, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido foi sempre a crescer. No ano passado, conseguiram reforçar as exportações no Médio Oriente, com a entrada na Arábia Saudita e Omã, na Europa, nos mercados da Islândia e Polónia, e na região da América Latina, em países como a Colômbia, Equador e Venezuela. A produção é na Ásia, onde “está concentrado o maior expertise e know-how para o desenvolvimento de raquetes de padel”, diz.

Agora, a Volt Padel decidiu apostar no lançamento de uma linha de roupa e acessórios para os praticantes da modalidade (masculinos e femininos), onde a assinatura da empresa está presente desde a conceção à produção, neste caso, em Portugal. A coleção integra roupa técnica e de performance, para uso dentro de campo, e casual, como t-shirts, hoodies, joggers, calções e saias. A empresa disponibiliza também mochilas, desenhadas em conjunto com especialistas na área de engenharia de produto.

Com a ambição de se tornar uma marca global, a Volt Padel traçou como objetivo atingir os cinco milhões de euros de faturação em 2023 e os 10 milhões em 2027. Para isso, vai continuar a desbravar terreno além-fronteiras. Segundo Pedro Brito e Cunha, há mercados onde o padel tem ainda “uma dimensão pequena ou quase inexistente, mas que identificamos como de enorme potencial – os Estados Unidos da América, a China e alguns países do continente africano, aos quais pretendemos dedicar alguma atenção ao longo dos próximos anos”. Para já, a estimativa de vendas para o atual exercício é de 1,5 milhões de euros.

Atualmente, existem mais de 18 milhões de jogadores de padel no mundo, com Espanha, Argentina, México, Reino Unido, Bélgica, Itália, França, Suécia, Estados Unidos e, mais recentemente, Médio Oriente a destacarem-se nesta prática desportiva. A modalidade foi criada por um empresário mexicano que construiu no jardim da sua casa um campo com as dimensões hoje utilizadas nos campos de padel e com as mesmas características: paredes de cimento a delimitar o perímetro. Como relata Pedro Brito e Cunha, nessa altura, “o objetivo era que as bolas não invadissem o quintal do vizinho, mas aquilo que começou como uma brincadeira acabou por se tornar nas bases do jogo”. Em Portugal, existem mais de 550 campos e 100 mil praticantes, entre o quais o fundador e CEO da Volt Padel.