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A pandemia atirou a Infraestruturas de Portugal (IP) para prejuízos. A gestora pública de estradas e da ferrovia registou perdas de 56 milhões de euros em 2020, segundo o comunicado divulgado esta sexta-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Só nas portagens, a IP arrecadou menos 56 milhões de euros face a 2019.
2020 foi o primeiro ano em que a IP registou prejuízos desde que foi criada, em 2015, pela fusão da Estradas de Portugal com a Refer. Por conta da pandemia – e da menor mobilidade dos portugueses -, a empresa pública perdeu receitas nas suas principais fontes de rendimento.
A maior diminuição de receitas, de menos 118 milhões de euros (-16,8%) registou-se na contribuição do serviço rodoviário, que incide sobre os combustíveis, e que é a maior fonte de rendimento da IP. O ganho com esta contribuição caiu para 583,5 milhões de euros.
A receita com portagens caiu 55 milhões de euros (-16,7%) para 279 milhões de euros.
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Os ganhos com a tarifa de utilização das linhas de comboio caíram 8%, para 73,2 milhões de euros.
“O efeito da pandemia COVID-19 sobre o nível de utilização da infraestrutura rodoferroviária sob gestão da IP durante ano de 2020 foi determinante para a queda daqueles rendimentos”, assinala a empresa liderada por António Laranjo.
A empresa, ainda assim, executou 200 milhões de euros de investimento no programa de obras Ferrovia 2020, “significando um crescimento de 49% face a 2019”. A despesa com atividades de conservação de estradas e ferrovia subiram 9% face a 2019, para 181 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 20h29 com mais informação)
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