//Relação dá razão a tripulante e confirma condenação da Ryanair por despedimento ilegal

Relação dá razão a tripulante e confirma condenação da Ryanair por despedimento ilegal

O Tribunal da Relação confirmou a condenação da empresa de trabalho temporário Crewlink, que presta serviços para a Ryanair, a reintegrar um tripulante despedido em 2019 bem como ao pagamento das retribuições devidas desde essa altura.

De acordo com o acórdão, a que a Lusa teve acesso, a Relação rejeitou um recurso da Crewlink, reafirmando a decisão do tribunal de primeira instância e condenando a empresa e reintegrar o trabalhador, “sem prejuízo da sua categoria e antiguidade”.

A Relação veio assim concordar com a primeira decisão judicial, que declarou a ilicitude do despedimento em causa e condenou a empresa a pagar ao trabalhador “todas as retribuições” que deixou de receber desde a data do despedimento até ao trânsito em julgado da decisão, incluindo juros.

Num comunicado, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) referiu que a companhia foi novamente condenada, depois de um processo que remonta a 2018.

“Na altura, 14 tripulantes de cabine associados do SNPVAC foram alvos de um despedimento no âmbito de uma greve europeia dos tripulantes da empresa”, indicou, salientando que “desde então, entre sentenças e acordos, onde naturalmente a empresa reconheceu a ilicitude do despedimento, foi possível solucionar a situação de 13 trabalhadores”.

“Na mais recente decisão, o Tribunal da Relação pronunciou-se sobre a sentença proferida pelo Tribunal do Trabalho de Loures que decidiu, sem necessidade de julgamento, que o despedimento tinha sido ilícito, começando logo por afirmar que a entidade que iniciou o processo nem sequer tinha legitimidade para o fazer, pelo que faltando esse requisito nada mais haveria, sequer, a julgar”, referiu a entidade.