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Isabel Nicolau, esposa do personal trainer do marido da ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, que foi contratada pela gestora francesa para a companhia aérea em outubro de 2022, não foi entrevistada para o cargo que desempenha atualmente. A denúncia foi feita por Mariana Mortágua, esta quarta-feira, 19, na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP (CPI).
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A deputada bloquista citou um relatório sobre o conflito de interesses na contratação da atual diretora Melhoria Contínua, Sustentabilidade e Real Estate e que conclui ainda que, ao contrário do que a TAP indicou, não existiram mais dois candidatos à posição em questão. “Os outros dois candidatados concorreram a outras posições na TAP”, adiantou Mariana Mortágua.
A engenheira assumiu também funções na empresa pública com um salário “30% acima face ao anterior diretor”, denunciou ainda a deputada.
O presidente da Comissão de Vencimentos da TAP, Tiago Aires Mateus, que está esta tarde a ser ouvido no Parlamento, assegurou não ter conhecimento destes factos nem do relatório citado pela bloquista.
Na CPI, a ex-presidente executiva da TAP admitiu ter sugerido o nome de Isabel Nicolau para a função mas reiterou que não teve qualquer interferência no processo de contratação tendo este sido conduzido “por outros membros do comité executivo”.
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Em outubro, a TAP afiançou, numa nota enviada aos trabalhadores, que esta contratação não tinha tido interferência da então CEO. “”O processo de seleção foi conduzido exclusivamente pela administradora do respetivo pelouro e pela diretora de Recursos Humanos, tendo sido entrevistados três candidatos para esta posição, sem que a atual CEO tivesse tido qualquer participação na decisão”, defendeu a transportadora.
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