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A REN diz que foi alvo de dois “atos de vandalismo perpetrados sob pretexto de defesa do planeta dos efeitos nocivos da queima de combustíveis fósseis”, e considera que “esta forma de manifestar convicções é criminosa, atenta contra pessoas e bens de forma perigosa e desrespeita as nossas liberdades e as leis que nos regem”. Em comunicado, a empresa que gere a infraestrutura elétrica nacional diz que “repudia de forma veemente todos os atos de violência e também a manipulação de factos, que toldam o que deveria ser um debate aberto, franco e transparente sobre um dos grandes desafios que a Humanidade enfrenta”.
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A reação da REN surge depois de duas ativistas da Climáximo terem estilhaçado ontem o vidro da fachada da sede da empresa, em Lisboa. Numa nota à imprensa, a Climáximo justificou que a ação foi feita no âmbito do “plano de desarmamento” do coletivo que “passa por nem mais um projeto que aumente emissões de gases com efeito de estufa, como a expansão do terminal de gás fóssil liquefeito da REN em Sines”.
A empresa liderada por Rodrigo Costa responde, dizendo que “a REN está há vários anos no centro das alterações que colocaram Portugal na vanguarda da descarbonização da economia. Foram as garantias de segurança no abastecimento dadas pela empresa aos decisores políticos que permitiram a antecipação do desligamento das centrais a carvão, de 2030 para 2022; e foram os investimentos contínuos nas infraestruturas que possibilitam os atuais níveis de incorporação média de renováveis no setor elétrico da ordem dos 60%”.
E lembra ainda que “Portugal está em quarto lugar na lista dos países europeus em que a produção renovável maior peso tem. Não vivêssemos com períodos de secas sucessivas, e com o normal contributo da produção hídrica, estaríamos certamente no pódio, porque já somos lideres em percentagem de energia com origem solar e eólica”.
A REN defende que “a transição energética é um percurso longo, que exige esforços contínuos e não pode ser feito com movimentos de rutura que coloquem em causa o abastecimento do país”. A empresa adianta ainda que nos próximos três anos vai construir mais de dois mil quilómetros de linhas de transporte e dez subestações, para integrar a energia saída dos centros de produção de renováveis que estão a nascer em diversos pontos do território nacional.
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