//Rendas. Shoppings “indignados” com propostas “inconstitucionais” do BE, PAN e PCP

Rendas. Shoppings “indignados” com propostas “inconstitucionais” do BE, PAN e PCP

Os centros comerciais estão indignados com as propostas do Bloco de Esquerda, do PAN e do PCP relativas às rendas que consideram inconstitucionais e que foram chumbadas no Orçamento do Estado Suplementar. A proposta do Bloco, que prevê a reatroatividade do não pagamento de rendas, vai a votação no próximo dia 18 no Parlamento.

“Para a Associação Portuguesa de Centros Comerciais a proposta de adenda ao Orçamento de Estado para 2021 referente ao tema das rendas em Centros Comerciais, apresentada pelo PSD, veio estabelecer um consenso no sector entre proprietários e lojistas”, afirma António Sampaio de Mattos, Presidente da APCC, citado em nota de imprensa.

Para a associação, que representa espaços comerciais como o Centro Colombo, NorteShopping, Amoreiras Shopping ou os Alegro – espaços que recebem cerca de 8600 lojas -, as “propostas de retroatividade submetidas pelo Bloco de Esquerda, PCP e PAN, idênticas às já apresentadas e chumbadas no Parlamento, representam um atropelo brutal às regras constitucionais e reafirmam um atentado à economia de mercado e à estabilidade dos contratos celebrados entre privados”, dizem.

A Provedoria de Justiça considerou que existiu uma “verdadeira restrição de direitos fundamentais” e uma “violação do direito à propriedade privada e da liberdade de iniciativa económica privada”, referindo a inconstitucionalidade do Orçamento Suplementar no que refere à questão das rendas de lojas nos Centros Comerciais, lembra a APCC, que já apresentou queixa do Estado Português em Bruxelas, devido à inconstitucionalidade contida nas medidas introduzidas pelo n.º5 do artigo 168.º – A da Lei do Orçamento de Estado Suplementar (LOES) e à ingerência nos contratos celebrados entre privados.