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A Repsol, através da Fundação Repsol iniciou, em Portugal, no mês passado, em Proença-a-Nova, o programa Motor Verde. Trata-se de um projeto de sustentabilidade que atua em três vertentes: reflorestação, económica e social. A vertente da reflorestação pretende não só ajudar a reter e compensar as emissões de carbono, como ajudar a reflorestar zonas onde houve incêndios ou onde se verifica o abandono de terrenos agrícolas.
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A grande diferença assenta em todas as outras componentes do programa. Por um lado, trata-se de uma reflorestação em território europeu – mais precisamente ibérico – o que, por si só é invulgar – a maioria dos programas de compensação existentes fazem a reflorestação em zonas como a Ásia ou América Latina – mas, também todo o programa é muito apoiado em parceiros locais, nomeadamente as autarquias, os proprietários e associações de proprietários. Isto porque, explica António Victor, diretor de Comunicação e Relações Externas na Repsol Portuguesa o objetivo é fazer a reflorestação, de espécies autóctones – carvalho, pinheiro-bravo, medronheiro e sobreiro – em terrenos privados (com o licenciamento das autarquias), possibilitando que os proprietários beneficiem do lucro dessa plantação.
A Fundação Repsol fica responsável pela plantação e manutenção das plantas, mas é só. Os proprietários beneficiam do rendimento resultante, seja a venda da madeira ou da resina, mencionando apenas dois exemplos.
O projeto, que tem um fundo ESG de 100 milhões de euros para investimento de impacto, começou em Espanha há cerca de 30 meses e já tem plantações na Galiza, Extremadura, Castela e Leão. No total pretende-se reflorestar 70.000 hectares (no total de Espanha e Portugal), sendo que, alerta, no entanto, António Pérez-Lepe, manager na Fundação Repsol, “estamos condicionados pela aquisição dos terrenos e a obtenção dos licenciamentos”.
Com isto a Repsol espera não só fazer a compensação das emissões de carbono, contribuindo para a neutralidade carbónica da empresa, mas, também, ajudar a regeneração da floresta e combater a desertificação.
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Em Portugal tudo começou em Proença-a-Nova, sendo que, explica António Victor, estão em fase de contratação de terrenos e obtenção de licenças. Apesar da recetividade da autarquia o executivo da Repsol aponta que se se passar a fase de plantação – que é agora – terão de aguardar até ao próximo ano. De qualquer forma, a seguir, o pretendido é avançar para Mação.
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