A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu hoje que as câmaras devem isentar os estabelecimentos de qualquer pagamento por esplanada e pediu regras mais simples para a ocupação destes espaços.
“Na sequência da possibilidade de reabrirmos os estabelecimentos de restauração, cafés e pastelarias, devem os municípios estar recetivos para criar regras de ocupação por esplanadas mais simples, flexíveis e isentas de quaisquer pagamentos”, lê-se no Boletim Diário enviado pela associação.
A AHRESP ressalva, no entanto, que devem ser asseguradas as regras do seu Guia de Boas Práticas, que aguarda validação, na utilização dos espaços de esplanada.
Em 30 de abril, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou, em conferência de imprensa, que, a partir de 18 de maio reabrem as lojas com porta aberta para a rua até 400 metros quadrados ou partes de lojas até 400 metros quadrados (ou maiores por decisão da autarquia), bem como os restaurantes, cafés e pastelarias/esplanadas, de acordo com o Plano de Desconfinamento, face à pandemia de covid-19.
Hoje, a AHRESP também divulgou os dados do seu mais recente inquérito realizado entre 30 de abril e o início deste mês e com 1.722 respostas válidas, que indicam que como consequência da ausência de faturação e de recursos uma em cada três empresas da hotelaria e restauração não conseguiu pagar salários em abril.
“A perspetiva de curto prazo é avassaladora, com 60% das empresas a estimarem zero vendas no mês de maio e 27% a admitirem mesmo avançar para a insolvência”, alerta a AHRESP, lembrando que cerca de 70% das empresas assumem que não vão conseguir pagar salários este mês, caso o apoio do ‘lay-off’ não chegue a tempo.
O inquérito indica ainda que 18% das empresas admitem que não vão conseguir manter a totalidade dos postos de trabalho até ao final do ano.
Os dados referentes ao mês de abril revelam “um quadro muito preocupante” para estas atividades económicas, pois cerca de 80% estiveram encerradas e não tiveram qualquer faturação.
A AHRESP alerta ainda para que, com a provável data de 18 de maio para a reabertura dos estabelecimentos de restauração e bebidas, e com a redução de 50% na lotação, “20% das empresas referem que não vão reabrir os seus estabelecimentos”.
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