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Foi sem surpresa que o presidente da Provar ouviu o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, preanunciar um novo fecho forçado dos restaurantes, à semelhança do que aconteceu na primeira vaga da pandemia de covid-19. “Com os níveis a evoluir, já estávamos a adivinhar a solução de partir para um novo confinamento”, diz ao Dinheiro Vivo, Daniel Serra, presidente daquela associação representativa da restauração.
“Não estamos aqui para pôr em causa as decisões do Governo, mas que se encontrem apoios para além dos anunciados. Um Apoiar 2.0 que tenha em conta o último trimestre do ano, como forma de compensar as perdas, é o que pedimos”. O responsável da Provar considera que desta vez as consequências para as empresas de restauração serão mais gravosas: “aquilo que será feito agora terá um impacto diferente sobre as empresas em relação ao primeiro confinamento, em abril. As empresas estavam mais capitalizadas. A maioria das empresas está sem liquidez, estão menos resilientes, mais fragilizadas”, explica.
Também a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende que, face à “possibilidade dos estabelecimentos de restauração voltarem a encerrar, mantendo-se a funcionar apenas em take-away e delivery“, os apoios ao setor têm de ser reforçados. Em comunicado, a associação diz que “é cada vez mais urgente a imediata disponibilização das medidas já anunciadas pelo Governo no passado dia 10 de dezembro, bem como será necessário um novo quadro de apoio às empresas e seus trabalhadores”.
Na sexta-feira, Siza Vieira, depois de se ter reunido com os parceiros sociais, admitiu que as novas restrições para conter a pandemia de covid-19 podem passar pelo encerramento da restauração e do comércio não alimentar. João Vieira Lopes, presidente da CCP, que representa as empresas do comércio e serviços, diz que perante as novas restrições “os montantes que estavam atribuídos não serão suficientes”. Já António Saraiva, líder da CIP, pediu “acesso rápido aos apoios”. v
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