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A utilização de equipamentos dos revisores como validadores seria sempre uma solução temporária para permitir a implementação do Andante na Linha do Vouga, adiantou fonte oficial dos Transportes Intermodais do Porto (TIP) à Lusa.
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“É regra do sistema Andante que a validação se faz sempre no início da viagem, pelo que a validação a pedido do cliente, ou por iniciativa do revisor, teria sempre que ser uma solução com caráter temporário, e não a definitiva”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial dos TIP a questões da Lusa.
A Lusa voltou a questionar os TIP e a CP acerca da introdução do Andante na Linha do Vouga, após na semana passada os TIP terem dito que estavam prontos a integrar o Andante em quatro semanas após a instalação de validadores pela CP, mas a transportadora ter referido que “a falta de validadores não é, nem nunca foi, um impedimento”, podendo-se utilizar os equipamentos dos revisores para as validações.
Numa resposta concertada com a CP (que não quis acrescentar informações, a título individual, às divulgadas anteriormente), os TIP confirmam que “a CP possui EPVC (Equipamentos Portáteis de Venda e Controlo) que são distribuídos pelos seus operadores de revisão e venda com capacidade para validar e fiscalizar os títulos Andante”.
No entanto, “CP e TIP continuam a desenvolver esforços para que a solução a instalar seja a que contempla validadores embarcados, sendo esta a solução preferencial para a CP”.
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“O EPVC pode ter a função de validador em trânsito”, mas o sistema Andante “pressupõe a validação sempre no início da viagem”, relembram os TIP, admitindo “medidas que permitam essa utilização com caráter temporário, tentando aproximar o mais possível o ato da validação com o início da viagem”.
No entanto, tal procedimento “tem de ser validado pelo TIP e AMP”, refere o agrupamento complementar de empresas que gere o Andante.
“A solução de validadores nos átrios das estações e cais de embarque também é possível, mas menos ajustada às características das estações e apeadeiros desta linha, ficando mais expostos a ações de vandalismo”, defendem os TIP.
Quanto a datas para a implementação do Andante na Linha do Vouga, os TIP não apontam uma em concreto, mas referem que “logisticamente, da parte da CP está tudo preparado para operar imediatamente com o sistema Andante naquele troço”.
“Assim que o TIP o disponibilizar, a CP dará início a todos os procedimentos formais para a sua implementação”, referem os TIP.
A CP é uma das sociedades agrupadas dos TIP (detém 33,3% do capital social, a par com a Metro do Porto e STCP), cujo atual presidente rotativo do Conselho de Administração é Pedro Ribeiro, precisamente vogal da administração da CP, mas a gestão corrente está delegada em Manuel Paulo Teixeira desde 2022.
A ausência na Linha do Vouga do sistema Andante impede, por exemplo, os passageiros frequentes de utilizarem o passe Andante metropolitano no comboio, com o respetivo acréscimo de custos (89 euros de dois passes em vez de 40 do passe único) para chegarem ao Porto.
Atualmente, o serviço regional da CP na Linha do Vouga na Área Metropolitana do Porto (AMP), que poderia ser servida pelo Andante, abrange os concelhos de Oliveira de Azeméis, São João da Madeira, Santa Maria da Feira e Espinho.
O trajeto entre Oliveira de Azeméis e Espinho é feito durante mais de uma hora e a estação de Espinho-Vouga fica a cerca de 500 da estação de Espinho da Linha do Norte, servida pelos suburbanos da CP com ligações ao Porto e a Aveiro, bem como aos comboios de longo curso.
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