Partilhareste artigo
José Maria Ricciardi vai tentar criar um banco virado para o mundo digital. O ex-administrador do Banco Espírito Santo defende que a instituição deveria ter ficado no Estado, à semelhança do que aconteceu com o britânico Lloyds.
“Vou tentar criar um banco novo, num conceito diferente dos chamados bancos clássicos. Terá de ser pequeno, pelo menos no início, virado para o mundo digital, mas que dê às próximas gerações e aos colaboradores a possibilidade de crescer no futuro”, refere o banqueiro em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal Público.
Alegando que a família Espírito Santo “era conhecida em todo o lado”, Ricciardi diz ainda: “fui desafiado a regenerar o grupo por um elemento da minha família. Mas já não sou novo e espero ter energia e tempo pela frente para cumprir esse desejo”.
Sobre o BES, o banqueiro defende que o desfecho da instituição “teria sido provavelmente outro, pois o actual primeiro-ministro [António Costa] sabe negociar com Bruxelas”.
Subscrever newsletter
Ricciardi entende que o BES “devia ter ficado no Estado, e ter-se negociado uma capitalização pública, tal como se fez no britânico Lloyds, o maior banco do Reino Unido, que estava numa situação extremamente difícil. O Estado ficou dono do Lloyds, contratou uma equipa muito profissional, e acabou a revender parte das suas acções com lucro para os contribuintes ingleses”.
Deixe um comentário