//Rozés: “Foi uma má decisão de gestão mas comprei todas as uvas”

Rozés: “Foi uma má decisão de gestão mas comprei todas as uvas”

Ao contrário de algumas empresas que, perante a adega ainda cheia de vinho do ano passado, limitaram as compras nesta vindima, a Rozés não o fez. António Saraiva, presidente da empresa, reconhece que foi uma “má decisão de gestão”, mas garante que há uma responsabilidade social para os viticultores que tem de estar acima de tudo. “Isto é quase como um casamento, temos que estar para os bons e para os maus momentos”, defende o representante nos vinhos do Douro e do Porto dos franceses da Vranken Pommery Monopole.

No entanto, e porque os tempos se anteveem particularmente difíceis, António Saraiva considera que o governo tem de apoiar mais uma destilação de crise que cubra, pelo menos, todos os vinhos do ano passado que ficaram por queimar, por falta de apoios (a medida foi sujeita a um rateio na ordem dos 50%), e subsídios para quem quiser abandonar a atividade e arrancar vinha. Apoios esses que podem mesmo promover a plantação de outras culturas na região, até porque, sublinha, “o Douro é património mundial, não pode ficar a monte”.