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Com uma capacidade instalada para montar 1,5 milhões de bicicletas ao ano, a RTE tem em Vila Nova de Gaia a maior fábrica europeia do setor. E tem já em construção uma outra, na Polónia, que pretende ter em funcionamento em janeiro de 2022, para melhor abastecer os mercados do centro da Europa, como Alemanha e Bélgica e a própria Polónia.
Bruno Salgado, CEO da RTE, não quantifica o investimento, sublinhando apenas que será significativo. A nova unidade vai arrancar com cerca de 150 trabalhadores, mas, a intenção é que “a prazo, venha a ter uma dimensão “muito próxima” da fábrica de Serzedo, que dá emprego a 800 pessoas.
Criada em 1983 para atuar no segmento da pintura automóvel, a RTE acabou por estender a pintura também às duas rodas que, depois, passou a montar. E desde 1998 que se dedica em exclusivo a esta área, incorporando, à medida que foi crescendo, o fabrico também de alguns componentes. Em 2003, construiu uma fábrica de raíz para produzir 300 mil bicicletas ao ano, em 2008, já fazia 500 mil e não mais eixou de crescer. Em 2019, montou 1,1 milhões de bicicletas, 95% das quais exportadas para Espanha, França, Itália, Alemanha e Polónia, gerando um faturação de 42 milhões de euros.
E depois de mais de 20 anos a produzir para marcas internacionais, como é o caso da Decathlon, a RTE aventurou-se, em ano de pandemia, e lançou a sua própria marca, a Beeq, vocacionada para o segmento elétrico. “É um passo que faz todo o sentido. Temos todas as competências, faltava-nos a ligação ao cliente final”, diz Bruno Salgado. E a recetividade tem sido “supreendente” em Portugal, e “dentro das expectativas na Alemanha e Suíça”, mas a verdade é que a pandemia não está a ajudar ao desenvolvimento do negócio além fronteiras. Não é a mesma coisa sem o contacto direto”, reconhece o empresário. O objetivo é que, dentro de cinco anos, a Beeq seja já uma marca “estabelecida e reconhecida” no mercado.
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De qualquer forma, a intenção é “investir com calma” na Beeq porque, o foco principal da RTE é ser “parceiro industrial” das grandes marcas. É que, apesar dos dois meses que esteve fechada, por causa da covid, o disparar da procura, designadamente online, faz com que estime encerrar o ano com cerca de um milhão de unidades fabricadas, piuco abaixo do ano passado.
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