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A polémica estalou na semana passada com a Ryanair a cancelar 19 rotas da sua programação de Verão para Portugal por, de acordo com a low-cost, não ter slots suficientes para a operação. A empresa liderada por Michael O’Leary acusou a TAP de não libertar as faixas horárias de descolagem e aterragem no aeroporto de Lisboa e apontou o dedo ao governo por não responder ao ultimato lançado pela transportadora.
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Agora, a companhia aérea dá um passo atrás e anuncia que, afinal, a programação de Verão em Portugal contará com mais quatro rotas: Faro-Madrid, Porto – Bergerac, Faro – Valência e Ponta Delgada – Nuremburgo.
No total, a empresa irlandesa irá operar 147 rotas durante o Verão a partr dos aeroportos portugueses.
Das rotas canceladas anteriormente, constavam os destinos de Agadir, Alghero, Alicante, Bari, Billund, Birmingham, Bournemouth, Baden-Baden, Lanzarote, Madrid, Malta, Memmingen, Oujda, Palermo, Perpignan, Poitiers, Tenerife, Wroclaw e Zaragoza.
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A Ryanair referiu que iria despedir 150 trabalhadores, no seguimento do cancelamento das rotas. As estruturas sindicais acusaram a companhoa de “operação mediática de marketing” e asseguraram que nenhum trabalhador tinha ainda sido notificado do despedimento.
“A Ryanair não mantém rotas artificialmente que não tenham taxas de ocupação que justifiquem mantê-las. Estar a cancelar rotas na altura de Verão, na minha perceção e naquilo que conhecemos da Ryanair, só tem uma leitura: estará eventualmente a cancelar rotas que não têm qualquer rentabilidade. Não seria exequível numa empresa como a Ryanair e com a lógica de mercado que a Ryanair tem, cancelar rotas que são rentáveis. Parece-me que isto é mais uma operação mediática de chantagem sobre aquilo que têm sido as ajudas à TAP”, disse ao Dinheiro Vivo Francisco Henriques, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava).
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