As negociações entre a Ryanair e os seus tripulantes de cabine continuam. Sem fim à vista, os tripulantes decidiram apelar aos acionistas, segundo o El Mundo. “Escrevemos-vos numa última tentativa de alcançar uma solução pacífica para a preocupação dos funcionários”, assim se dirigem os sindicatos português (SNPVAC), espanhol (Sitcpla e USO), belga (CNE-CSC e LBC-NVK) e italiano (UIL FILT-CGIL) em carta aberta aos acionistas da companhia aérea de baixo custo.
Os sindicatos alertam para a falta de paz social que está a condicionar os resultados e apelam que o sucesso só será alcançado cumprindo a legislação contratual e com a realização de acordos coletivos.
Os tripulantes, citados pelo jornal espanhol, afirmam mesmo que a atual administração da Ryanair “não tem a confiança necessária dos funcionários nem a capacidade para realizar mudanças” no modelo de negócio que sustenta a transportadora aérea há mais de 30 anos.
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“Existem outras operadoras de baixo custo na Europa que têm uma abordagem muit0 diferente das relações de trabalho e têm uma operação robusta e um ambiente de trabalho saudável”, dizem, defendendo que as mudanças não descartam a viabilidade do modelo de baixo custo.
Se um novo diálogo não chegar, os sindicatos não se deixarão ficar. “Os trabalhadores da Ryanair não desistirão até que a empresa mude”.
Os trabalhadores têm exigido que a transportadora irlandesa de baixo custo aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo, e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.
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