Os salários da administração da CGD cresceram para 3,6 milhões de euros no ano passado, um amento de 22,5% justificado com o início de um programa de pagamento de remunerações variáveis, que já estava previsto, revelou o banco.
No relatório de gestão de 2019, publicado esta segunda-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), pode ler-se que, no global, foram oito os administradores com direito a bónus, num total de 375,9 mil euros, um montante que fez o valor das remunerações do Conselho de Administração subir para 3,6 milhões de euros em 2019, face aos 2,9 milhões de euros atribuídos no ano anterior, que podem ser consultados no documento de 2018.
No relatório, o grupo explica a atribuição de remunerações com as linhas definidas pela EBA (European Banking Authority) e com o cumprimento do plano estratégico 2017-2020.
“O acionista da CGD [Estado] deliberou, em junho de 2019, sob proposta da Comissão de Remunerações da Assembleia Geral (CRAG) da CGD, atribuir aos Administradores Executivos, relativamente ao exercício de 2018, remuneração variável”, adiantou o banco, no mesmo relatório.
No entanto, “em observância da política de remunerações da CGD, e de acordo com as EBA ‘Guidelines on Sound Remuneration’, 25% desta remuneração foi paga em numerário em novembro de 2019 e 25% será paga, em numerário, em cinco prestações anuais iguais entre 2020 e 2024”, lê-se no documento.
“Os remanescentes 50% da remuneração foram atribuídos em espécie, através de um instrumento diferido pelo período de cinco anos, ficando a sua liquidação condicionada à evolução da execução do Plano Estratégico 2017-2020”, referiu o banco.
“O cumprimento da componente da remuneração em espécie é efetuado através de uma emissão de papel comercial, em conformidade com o quadro jurídico e regulamentar aplicável. Sobre estas remunerações incidirá IRS à taxa obrigatória que se estima em média ser a taxa máxima em vigor de 48%”, indicou a CGD.
O relatório de 2018 tem informações semelhantes, dando conta de que os bónus relativos a 2017 iriam começar a ser pagos em 2019.
Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa, recebeu um bónus inferior ao estimado no relatório de gestão de 2018, sendo que a CGD dá conta de uma remuneração variável de 61,6 mil euros, saldada em novembro e que fica abaixo dos mais de 67 mil euros previstos no ano anterior.
Juntando ao valor da remuneração fixa de Macedo no ano passado, de 423 mil euros, que ficou inalterado, o gestor recebeu 484,6 mil euros de salário bruto em 2019.
No relatório referente a 2018, a previsão para o pagamento de bónus apontava para dois valores, a saldar em março e dezembro, e que totalizavam os 67 mil euros.
Paulo Macedo deverá agora receber 12,3 mil euros em todos os meses de novembro até 2024.
Deixe um comentário