//Santander adia “temporariamente” medidas unilaterais e quer evitar despedimento coletivo

Santander adia “temporariamente” medidas unilaterais e quer evitar despedimento coletivo

O banco Santander Totta resolveu adiar “temporariamente” a aplicação de medidas unilaterais para a saída de trabalhadores e pretende evitar um despedimento coletivo, refere a Comissão Executiva da instituição numa nota interna enviada aos colaboradores.

Na mensagem, a que a Lusa teve acesso, o banco disse que se reuniu hoje “com os sindicatos dos trabalhadores bancários integrados na UGT, nomeadamente o SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN), o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC), e o Sindicato da Banca, Seguros e Tecnologias – Mais Sindicato (Mais)”.

Este encontro, disse a instituição, “realizou-se a pedido dos referidos sindicatos e teve na ordem de trabalhos o anúncio feito pelo banco no dia 28 de abril de que, nos termos legais, se iniciou uma fase de consulta à Comissão Nacional de Trabalhadores relativa a medidas unilaterais de redução de postos de trabalho”.

O Santander anunciou nessa altura que tinha chegado a acordo para a saída de 68 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano, no âmbito da reestruturação do banco, e previa eliminar mais 100 a 150 postos de trabalho “cujas funções se tornaram redundantes”.

De acordo com a mesma mensagem interna, o “SBN, o SBC e o Mais manifestaram a sua preocupação com a iminência de tomadas de posição unilaterais, solicitando o adiamento da aplicação de quaisquer medidas” e “a convicção de que há colaboradores com predisposição para voluntariamente acordar com o banco a sua saída, principalmente por reforma”.

“O banco reconhece o contributo que desde há décadas o SBN, o SBC e o Mais têm prestado para o esclarecimento, informação e apoio aos trabalhadores do Santander em Portugal, bem como a sua credibilidade na procura de soluções adequadas e sustentáveis”, lê-se na mesma nota.