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O Santander comunicou esta sexta-feira aos trabalhadores em Portugal que vai avançar com o processo de despedimento de cerca de 350 colaboradores que recusaram as propostas de saída que foram apresentadas pelo banco.
“Terminou ontem, ao final do dia, o prazo previsto no Plano de Reestruturação do Banco para a apresentação de respostas por parte dos colaboradores abrangidos”, refere o banco num comunicado interno a que o DV teve acesso.
“De acordo com o apuramento feito até esta data, existem cerca de 350 colaboradores [de entre o número de 685 colaboradores inicialmente previstos incluir no Plano de Reestruturação] que não aceitaram a proposta formulada pelo banco”, adianta.
O Santander acrescenta que “foi já hoje solicitado, nos termos legais, o parecer à Comissão Nacional de Trabalhadores que antecede a aplicação de medidas unilaterais de diminuição do número de trabalhadores do banco”.
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Destaca que “o processo unilateral e formal que se seguirá incidirá apenas sobre os colaboradores abrangidos no Plano de Reestruturação que entenderam não chegar a acordo com o banco, e será iniciado nos primeiros dias de setembro”.
O número de trabalhadores a despedir pelo Santander pode vir a ser reduzido, porque alguns colaboradores poderão ainda decidir aceitar as propostas de rescisão por mútuo acordo ou de reforma antecipada formuladas pelo banco.
Só em setembro deverá ser conhecido o número final de trabalhadores que o banco vai despedir. O processo estará concluído até ao final deste ano.
O presidente executivo do Santander em Portugal, Pedro Castro e Almeida, já tinha admitido no final de julho que existia a possibilidade de o banco avançar com um despedimento coletivo.
A implementação do plano de reestruturação do banco tem sido polémica com os representantes dos trabalhadores a acusarem o banco de estar a exercer pressões sobre trabalhadores para saírem da instituição. Denunciaram ainda que o banco tem alegadamente estado a substituir trabalhadores pela contratação de serviços externos, além de haver alegadas situações de discriminação sobre trabalhadoras mulheres. O CEO do Santander rejeitou aquelas acusações.
Atualizada às 18H58 com mais informação
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