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A portuguesa Hirundo, empresa de sapatilhas sustentáveis fundada no Porto, lançou-se no online em novembro de 2021 e já exportou 50% da produção da primeira coleção. A marca aposta em calçado que zela pelo ambiente e é de origem orgânica.
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A empresa, cuja fábrica de produção está localizada em Felgueiras, fez vendas em 45 países e Portugal representa 50% dessas vendas feitas no online. Seguem-se os Estados Unidos, Alemanha e França, que são países para onde a empresa mais exporta, representando 25% das vendas, conta o cofundador da Hirundo, Eduardo Serzedelo.
A marca começou com um investimento de 30 mil euros na produção da primeira coleção. “É um valor pequeno, mas o objetivo era que o projeto se pagasse a si próprio. E estamos a conseguir”. Mas, este ano, pretendem injetar 100 mil.
Nortenha começa maratona
No primeiro mês de abertura da loja online as vendas alcançaram os 35 mil euros e, apesar de ser difícil prever valores para este ano, menciona o responsável, devido a uma quebra de 12 mil euros, está previsto atingirem os 400 mil euros com um ano de vendas digitais e com a abertura, em outubro, da loja física, em Lisboa.
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Como começou o cofundador a dar corda aos sapatos do negócio? Com a visita a fábricas durante a pandemia. O gestor, juntamente com o irmão, avaliaram o mercado e aperceberam-se que fazia falta um produto com cunho português. “Sempre fui apaixonado por sapatilhas e moda. Nunca pensei é que chegasse a fundar uma marca de calçado”, afirma.
“Desde pequeno adapto os ténis ao meu gosto e mudo as solas, a estética”, recorda o empresário.
O calçado é um mercado em crescimento e os irmãos pensaram, porque não? “Temos paixão pelo que é português e quando visitámos fábricas percebemos que até as empresas internacionais fabricam cá”.
As sapatilhas são 1% espanholas e Eduardo Serdezelo explica o porquê: “É difícil um produto ser quase todo português, mas conseguimos”.
Cozidas à mão, minimalistas, brancas, com diferentes cores de solas são algumas das características que as compõem. Porque são minimalistas? “Permite ter a identidade da marca. Normalmente, o que muda é a parte de cima do calçado, e não as solas.”
E o uso de cortiça? “Porque é um material que ajuda o pé a respirar e é antibacteriano”. Também são feitas de pele de cabra e têm atacadores orgânicos.
Aos pés da sustentabilidade
A Hirundo, desde o dia um, pensou em produtos que não fossem prejudiciais para o ambiente. Ou seja, com pegada ecológica baixa e com material duradouro. Destaque para a possibilidade de reciclar o calçado, transformando-o em componentes orgânicos para regressarem à indústria novamente.
Os materiais utilizados têm certificação de carbono zero. “Medimos as emissões de CO2 e depois compensamos através da compra de créditos de carbono. Uma ação pouco usual em Portugal”, atesta o profissional.
Não há excessos nem desperdício no fabrico do produto. “Produzimos quando há encomendas para que não exista produto a mais. Outras lojas produzem em demasia e leva a que existam saldos” para escoar o stock.
A empresa conta com quatro responsáveis: os cofundadores Eduardo Serzedelo e o irmão Filipe Serzedelo, e mais dois sócios, Pierre Stark (fundador da marca de beleza Benamôr) e a diretora criativa Ann Massal.
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