O grupo SATA SGPS teve, no segundo trimestre deste ano, um prejuízo de mais de 38 milhões, para o qual a operação da SATA Internacional contribuiu com 28 milhões de euros.
O documento relativo às contas do segundo trimestre de 2018 do Setor Público Empresarial Regional (SPER), enviado pelo Governo Regional à Assembleia Legislativa açoriana e a que a Lusa teve acesso, mostra que, para o resultado negativo do grupo SATA SGPS, contribuiu maioritariamente a operação da SATA Internacional, mas também a SATA Air Açores, que faz as ligações inter-ilhas no arquipélago, que registou um prejuízo superior a 3,7 milhões de euros.
O Governo Regional anunciou, na passada quinta-feira, que, a pedido da administração da empresa, vai transferir este ano mais dois milhões de euros para a SATA, um valor que se enquadra no aumento do capital social da companhia aérea de 27 milhões de euros, que o executivo tem planeado para os próximos seis anos.
O Grupo SATA encerrou o ano de 2017 com o maior prejuízo da história da empresa, de 41 milhões de euros, um valor quase três vezes superior ao de 2016, que foi de 14 milhões.
Para a operação da SATA Internacional, que opera os voos para fora da região, a Loftleiðir Icelandic, do grupo Icelandair, apresentou, em julho, uma proposta de aquisição de 49% do capital social, mas o processo ainda aguarda um “parecer técnico-jurídico”, que deve chegar “a breve trecho”, afirmou o presidente do grupo, António Luís Gusmão, a 13 de setembro.
Também no setor dos transportes, a Atlânticoline, que opera as ligações marítimas de passageiros e viaturas no arquipélago, registou um lucro de quase 447 mil euros.
Já a entidade que gere as estruturas portuárias da região, Portos dos Açores, registou um prejuízo superior a 1,7 milhões de euros.
Deixe um comentário