//Ser bom para o ambiente é bom para o negócio

Ser bom para o ambiente é bom para o negócio

Em Madagáscar, os agricultores de baunilha viram as suas vidas mudar de um dia para o outro. A Mars fechou um preço mínimo para a compra de baunilha, garantindo-lhes um rendimento para os próximos dez anos. Forneceu melhor material, práticas agrícolas, construiu com a comunidade uma unidade de processamento, triplicando com isso as receitas.

“São projetos que mudam a vida das pessoas. Transformamos comunidades em que as crianças mal podiam ir à escola, para uma situação em que podem enviar os filhos para a universidade. Estamos a replicar este tipo de projetos pelo mundo, com diferentes produtos”, adianta Barry Parkin, o responsável global pela sustentabilidade da Mars. O que ganha a dona do M&M’s? “Melhoramos a situação ambiental e garantimos o fornecimento de produto.”

Leia aqui a entrevista completa com Barry Parkin. “Mars. ‘Se queremos ser um negócio sustentável temos de mudar a agricultura’”

Ser bom para o ambiente não afeta os resultados da companhia, pelo contrário. Exemplo? Optar por energia renovável. Até 2024 a Mars quer que as 145 fábricas que tem pelo mundo usem energia 100% renovável: 14 países já o fazem. “Estamos a poupar milhões com cada acordo: estamos a comprar energia renovável mais barata do que a eletricidade produzida com energias fósseis. Isto não é caridade, filantropia, isto é negócio”, garante Barry Parkin.

“Somos rentáveis há 75 anos e temos atividade na área da sustentabilidade durante grande parte desse período”, diz Pia Heidenmark Cook, diretora de sustentabilidade do Ingka Group. “Não há uma troca entre lucros e o ambiente.” Ser sustentável significa também garantir a continuidade do negócio. Só a cadeia sueca usa 1% da madeira do mundo. “70% da madeira que usamos é reciclada ou oriunda de florestas certificadas pelo Forest Stewardship Council”, adianta.

A IKEA está ainda a desenvolver projetos de economia circular, permitindo aos clientes entregar móveis nas lojas e receber vouchers. Só no Japão, através desse programa, recebeu seis mil peças em 18 meses, que são depois revendidas.

Leia aqui a entrevista completa com Pia Heidenmark Cook. Ikea. Parque eólico em Portugal produz mais do que a operação ibérica necessita

A energia é também um tema para o IKEA. “Até 2020 queremos produzir o máximo de energia renovável possível da energia que usamos. Estamos a 76% hoje. O objetivo é ser 100% até 2020. E vamos atingir”, diz Pia Heidenmark Cook. Só neste projeto estão a investir dois mil milhões de euros. Estão a comprar energia renovável e a produzir: 15% das lojas IKEA no mundo têm painéis solares nos telhados (700 mil painéis) e a adquirir parques eólicos. Inclusive em Portugal. “Com o parque eólico (em Portugal) já estamos a produzir mais do que as operações em Portugal e Espanha necessitam. Já somos positivos para o clima.”

Mais de 25% da energia consumida pela Nestlé tem origem em fontes renováveis, tendo a companhia prestado apoio técnico a mais de 118 mil agricultores. Reduzir o consumo de água e do plástico são outras metas estabelecidas pela multinacional que, em Portugal, só com a retirada das palhetas de plástico para mexer café, cortou 88 toneladas de plástico por ano. Outras das medidas passam por comprar localmente, reduzindo a pegada ecológica.

“O compromisso da Nestlé é comprar localmente a maior percentagem de matérias-primas, material de embalagem e serviços”, diz Gonçalo Granado, diretor de comunicação da Nestlé Portugal. “91% dos serviços são prestados por empresas portuguesas; 89% do material de embalagem é comprado a fornecedores locais e 33% das matérias-primas provêm de agricultores locais.”

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