//Sete anos depois da resolução do BES ainda se lambem as feridas

Sete anos depois da resolução do BES ainda se lambem as feridas

Em junho de 2014, o BES anunciava que a sua operação de aumento de capital estava totalmente subscrita; dois meses depois o banco foi alvo de uma medida de resolução. Sete anos depois, já há muitas conclusões sobre o que levou à queda de um dos maiores grupos financeiros do país, num terramoto que gerou abalos de espanto e choque Europa fora.

“Há um marco histórico, a esta distância, quando Pedro Passos Coelho disse que não a Ricardo Salgado (então líder do BES)”, disse Filipe Garcia, economista da IMF-Informação de Mercados Financeiros. “Penso que isso podemos afirmar hoje com toda a certeza”, adiantou.

Sete anos depois, após comissões parlamentares de inquérito e inúmeras auditorias e relatórios, ainda há quem questione como é que foi possível que tenha escapado aos supervisores a real situação do grupo liderado pelo muito influente Ricardo Salgado, considerado então um dos homens mais poderosos do país.

Foi a 3 de agosto de 2014 que o Banco de Portugal tomou o controlo do BES e anunciou a separação da instituição em duas.

No chamado “banco mau”, que manteve o nome BES, ficaram os ativos e passivos tóxicos do banco, bem como os acionistas. No “banco bom”, o banco de transição com o nome Novo Banco, ficaram os ativos e passivos “bons”. Vítor Bento anunciou que iria liderar o Novo Banco. E assegurou que estavam afastadas “incertezas que ameaçavam a instituição”.