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O Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) promete novas formas de luta contra o despedimento coletivo na Central de Cervejas. Esta quinta-feira, os trabalhadores da empresa de bebidas estiveram em greve, durante 24 horas, em protesto contra o despedimento de 48 trabalhadores. A empresa fala numa adesão de 24%, Rui Matias, dirigente do SINTAB, “recusa entrar numa guerra de números”, e garante que as imagens captadas pelas televisões “mostraram que estiveram mais de duas centenas de trabalhadores concentrados” junto à cervejeira, em Vialonga.
O sindicato vai convocar novos plenários com os trabalhadores, para decidir “novas iniciativas de luta”, já que, diz Rui Matias, “há algum receio que esta situação não seja passageira, mas um prenúncio” de que outros cortes se possam seguir.
Da parte da Central de Cervejas e Bebidas não tem havido disponibilidade para abordar o tema e hoje mesmo a empresa limitou-se a emitir uma declaração dizendo que “confirma a existência de um processo de reajustamento, já partilhado com as autoridades competentes, que abrangem alguns colaboradores da área de operações da fábrica em Vialonga, com efeitos a fevereiro de 2022”. Diz ainda a cervejeira que “manifestou a vontade de chegar a acordo com os envolvidos”.
Mas o sindicato fala em “imoralidade”, dizendo que a empresa pretende “despedir os 40 trabalhadores da seção de ‘movimento’, que assegura a logística e o abastecimento dos camiões, para externalizar esse serviço a trabalhadores temporários”. Além destes 40, há mais oito trabalhadores incluídos no despedimento coletivo e que, acusa Rui Matias, “foram escolhidos a dedo, pelas chefias, por serem indesejáveis”.
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