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Os sindicatos representativos dos trabalhadores da EDP acusaram o grupo de penalizar os colaboradores mais antigos e de valorizar as novas contratações, com menos experiência, preparando agora novas formas de luta.
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“As pessoas que entraram para a empresa estão a ganhar mais do que aquelas que já estavam cá”, apontou o Movimento Valorizar os Trabalhadores da E-Redes à Lusa.
De acordo com o texto reivindicativo dos trabalhadores, que foi entregue à empresa em outubro, as novas contratações estão a receber uma remuneração superior à paga aos colaboradores mais antigos, com a justificação de que existe escassez no mercado e que estes têm mais experiência técnica.
Contudo, os sindicatos alertaram para o facto de a E-Redes ser o único operador da rede de distribuição em Portugal.
“As experiências que os trabalhadores admitidos trazem são referentes a um mercado de trabalho que pouco acrescenta ao seu dia-a-dia”, lê-se no documento.
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A Associação Sindical dos Trabalhadores do Setor Energético e Telecomunicações (ASOSI), a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), o Sindicato das Indústrias, Energia e Águas de Portugal (SIEAP), o Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (SINDEL), o Sindicato da Energia (Sinergia), o Sindicato Inovação Energética (Sinovai) e o Sindicato da Indústria e Energia de Portufal (Sirep) estiveram hoje reunidos com a direção de recursos humanos da EDP.
“Não houve conclusões. Recusam-se a dar ou a negociar aquilo que reivindicamos”, adiantou o Movimento Valorizar os Trabalhadores da E-Redes.
Segundo este movimento, o grupo alegou “não estar a passar por cima de ninguém”, justificando a sua decisão com a “escassez no mercado”.
Os trabalhadores lembram que demoram 10 anos para ter uma valorização salarial de cerca de 60 euros, quando as novas contratações entram com um salário superior ao dos trabalhadores da empresa.
No total, 700 trabalhadores encontram-se nesta situação.
Perante este cenário, o SINDEL disse à Lusa que as estruturas sindicais vão realizar plenários a nível nacional para os trabalhadores decidirem novas formas de luta.
Até ao momento, não estão marcadas novas reuniões entre o grupo e os sindicatos.
A Lusa contactou a EDP e a E-Redes e aguarda uma resposta.
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